Mais uma etapa foi vencida no processo de contratação da nova empresa que coletará e destinará o lixo doméstico de Criciúma. O Diário Oficial do Município publicou nesta terça-feira (25) o resultado das contrarrazões das empresas envolvidas no certame. A Comissão de Licitação, com aval do consórcio contratado para analisar os documentos, constatou que não há razões para contestações e, com isso, a licitação está homologada.

Na prática, isso representa que a empresa Urban assinará contrato com a prefeitura nos próximos cinco dias úteis para assumir os serviços ainda hoje prestados pelo Consórcio Criciúma Sustentável (Rac e Racli). Isso tudo confirma que a licitação, lançada em dezembro de 2021 e cujo resultado foi postergado ao longo de todo o ano de 2022 pela prefeitura, estava correta.

O certame apontou que a Urban cobra R$ 1,7 milhão para coletar e destinar o lixo da cidade. As empresas Rac e Racli pediram R$ 2 milhões para prestar o mesmo serviço. Nada irregular até aqui, já que cada empresa cobra o que bem entende pelo que faz.

O questionamento, que está no Ministério Público inclusive (a investigação do promotor Carlos Tremel já tem mais de 11 mil páginas), é que a prefeitura preferiu arcar com 12 meses de contratos temporários de R$ 2 milhões ao mês podendo já ter celebrado, há meses, o novo vínculo de R$ 1,7 milhão. Isso gerou, por opção do prefeito, um gasto desnecessário mensal de R$ 300 mil.

São esses R$ 300 mil que o criciumense passará a economizar todo mês. Isso representa mais recursos para investimentos. Não haverá, a rigor, barateamento no que é cobrado do cidadão, mas sim o Município passará a ter condição de aproveitar melhor essa verba em outras realizações pela cidade.

Uma vitória da economia popular, do zelo pelo dinheiro público, da mobilização comunitária e, no fim das contas, da moralidade.