Nazareno relata que a decisão judicial de afastar a K2 Soccer da gestão do Tubarão, entregando o controle ao clube associativo, trouxe uma maior segurança jurídica para os trabalhos. “Um mínimo de garantia jurídica para poder apresentar o projeto”.

Com relação ao orçamento disponível para a montagem do elenco, o diretor projeta. “A capacidade financeira vai ser construída, fizemos um planejamento de quatro a seis patrocínios e estamos com todos eles fechados. Estamos trocando o pneu com o carro andando, mas acredito que teremos suporte”.

O elenco do Tubarão deve contar com cerca de 30 atletas, entre profissionais e oriundos da base. O regulamento da Série C a coloca como uma competição Sub-23, com a possibilidade de inscrição de sete atletas acima dessa idade. Nazareno afirma que utilizará as sete vagas.

“Estou negociando com parceiros e equipes, tenho muitas amizades no futebol do Norte e Nordeste e estamos aguardando o encerramento de outras competições”.

Outra prioridade é a revitalização do ônibus, que na avaliação do clube desprenderá poucos recursos. A plotagem do veículo será completamente retrabalhada.

Confira a entrevista completa:

Opinião: o Tubarão deve subir com certa facilidade; se não o fizer, considerarei um vexame, mas os desafios do clube não param por aí. O primeiro deles é a incerteza jurídica que envolve o desprendimento do nebuloso contrato com a K2 Soccer. Quando isto for resolvido de maneira definitiva e a SPE fique no passado, um piano sairá das costas do Tubarão. 

Outro ponto a ser considerado é o tempo mínimo para que o projeto volte a respirar financeiramente: as séries C e B do Catarinense são deficitárias, então, no melhor dos cenários, são dois anos até lá. Os gestores e patrocinadores precisarão trabalhar com paciência e de olho no longo prazo.

E há também o manejo com as expectativas da torcida. Talvez o único legado positivo do período de SPE seja a formação de um núcleo de torcedores jovens e engajados, que seguem próximos ao clube neste momento difícil. É necessária a compreensão de que os momentos vividos entre 2016 e 2018 foram marcantes e as memórias precisam ser conservadas, mas a realidade do Peixe para os próximos anos será outra, muito mais modesta.