Dirigentes prepotentes, falhas de comunicação e desordem: com os ingredientes postos à mesa, o juiz Cinésio Mendes Júnior se sentiu à vontade para preparar a bagunça. Uma arbitragem terrível do início ao fim, que culminou na invenção de um pênalti para o Figueirense após uma falta fora da área. 

É verdade que o Hercílio Luz novamente se colocou contra as cordas após abrir o placar, porém a análise do desempenho fica em segundo plano quando um erro de arbitragem de tamanha proporção interfere diretamente no resultado do jogo. 

Gosto do tom que adotou o técnico Raul Cabral após a partida. Disparou contra a arbitragem e externou a exaustão após sucessivos erros em momentos importantes da equipe tubaronense. 

O departamento de futebol do clube e o presidente Vinicius Gaidzinski precisam vir a público e endossar o tom do treinador. Levar a situação em banho maria com conversas de bastidores não resolve nada, como não resolveu após a cirurgia a céu aberto em Itajaí na final da Copinha do ano passado. Enquanto o clube não entender isso, as “tardezinhas” de horror da FCF se tornarão cada vez mais rotineiras.