A classificação contra o Figueirense significou mais um grande passo do projeto Hercílio Luz, mas isso não quer dizer que o torcedor gostaria de parar por ali. Por isso, é compreensível a frustração quando a defesa colorada, até então a melhor do campeonato, sofre um apagão generalizado e leva dois gols em sequência num jogo de mata-mata. O mesmo sentimento é cabível com relação ao primeiro tempo abaixo da média do que a equipe apresentou em todo o campeonato.
Há outro fato que o torcedor, em sua grande maioria, não gosta de encarar: a derrota de sábado foi normal. O Criciúma é um time de segunda divisão a nível nacional (batendo na trave para subir a primeira), com uma torcida que costumeiramente se faz presente, de investimento maior e com jogadores de calibre.
Dentro desse contexto, a boa equipe do Hercílio Luz pôde reagir dentro da partida e fazer um segundo tempo superior ao do adversário. Os milímetros decisivos do VAR anularam um gol que deixaria todo o confronto aberto para a partida da volta, no Anibal Torres Costa.
Não imagino que o líder da primeira fase vá jogar a toalha, mas o sonho de uma classificação passa pelo abandono do modelo de jogo pragmático e a opção por um time parecido com o da segunda etapa em Criciúma. A obsessão por controlar os jogos deu certo até aqui, e tenho certeza que dará também na Série D, mas a quarta-feira pede algo diferente: Raul precisa esquecer o pragmatismo em casa.
Chute cruzado
Coordenador de esportes da Rádio Cidade Tubarão, apresentador do programa diário Central do Esporte e dos semanais Grande Área Debate e Grande Área Entrevista, co-host e produtor do Cidade a Caminho da Copa, colunista do portal SC Todo Dia, apaixonado por futebol, política e maradoniano devoto.
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