A liderança e a gordura adquirida ao longo do campeonato davam tranquilidade ao Hercílio Luz; então, quando foi divulgado o 11 inicial da partida contra o Joinville, promovendo testes e estreias, não houve estranheza entre os torcedores. A escalação gerou apenas curiosidades.
Olhos atentos aguardavam a estreia de Renan Bressan. Tubaronense de nascimento, o meia naturalizado bielorrusso volta a sua cidade natal aos 34 anos para assumir a camisa 10 e dividir o protagonismo do líder do campeonato. Ontem, com poucos treinos junto a equipe e sem ritmo, foi ainda coadjuvante.
Outra opção interessante foi o de Raynan pela lateral direita. O volante, que teve bons desempenhos pela ponta, entrou mais recuado e entregou a ofensividade que faltou a Gusso no empate contra o Concórdia. Ao meu ver, a dobradinha com De Paula pela beirada do campo surtiu efeito e deve ser vista em campo em novas oportunidades. O camisa 7, inclusive, apareceu bem e mostrou seu repertório, buscando dribles, conduzindo a bola ao ataque e se apresentando como opção de passe. Ganha pontos na disputa por minutos na função.
Com Giovani dando vaga a Bressan na escalação inicial, André se tornou a referência única do ataque, função que desempenhou bem no Marcílio Dias, mas, em virtude do esquema, ainda não havia assumido no Leão do Sul. Além do gol decisivo (com boa ajuda do goleiro adversário, é verdade), teve boa atuação, apesar de ainda demonstrar o nervosismo da juventude em dados momentos (o contra-ataque onde estavam dois contra um e ele forçou o passe em cima do zagueiro denota bem).
Nas outras estreias, o goleiro Fernando Castro foi seguro quando exigido e Leozinho, o astro do futsal, demonstrou em seus primeiros minutos no campo que é, de fato, diferente. Ainda estamos por ver Felipe Menezes em campo.
O ponto negativo fica por Anderson Ligeiro: outrora a melhor opção ofensiva da equipe, ontem buscou poucas finalizações e perdeu um gol cara a cara com o goleiro. É bom jogador, mas não estava em uma boa noite.
Os gols perdidos, aliás, são uma sina que perseguem não só o camisa 11. A equipe cresce na produção ofensiva, porém desperdiça muitas chances que poderiam encaminhar o jogo.
Quando entrar no mata-mata, esses gols podem fazer falta. Já classificado, é lá que a cabeça do Leão do Sul precisa estar.
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Chute cruzado
Coordenador de esportes da Rádio Cidade Tubarão, apresentador do programa diário Central do Esporte e dos semanais Grande Área Debate e Grande Área Entrevista, co-host e produtor do Cidade a Caminho da Copa, colunista do portal SC Todo Dia, apaixonado por futebol, política e maradoniano devoto.
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