Abaixo de muita chuva, o primeiro tempo contra o Concórdia indicava uma partida que caminharia pela mesma rota. Com a exceção de algumas jogadas entre Kaique e Juliano, muita lentidão nas ações ofensivas. A defesa, embora sólida em boa parte dos 45 minutos, deu bobeira no gol de Vini Moura. 

Na volta do intervalo, entretanto, a reação: na medida em que a chuva dava trégua e o campo parecia pesar menos, o Hercílio Luz botava o Concórdia contra as cordas e fazia valer de sua superioridade técnica. Ingro, Anderson Ligeiro e Guilherme Lazaroni mudaram a cara da equipe na segunda etapa, juntamente a Cleiton e Juliano, autores dos gols. O camisa 7, inclusive, foi o nome do jogo. Personalidade para voltar a partida e pedir a bola no pé mesmo após o desperdício da penalidade no primeiro tempo.

De negativo, fica a atuação de Vitinho. O camisa 10 novamente não apareceu para o jogo e deixou a responsabilidade nos pés dos companheiros. O som das vaias oriundo das arquibancadas é de um torcedor que sabe de sua qualidade técnica, mas o vê disperso dentro de campo. A concorrência no setor é grande e a fila deve andar.

Ao fim da partida, de forma quase poética, as nuvens dispersaram e o sol voltou a raiar sob o castigado gramado do Aníbal Costa. O torcedor entendeu o recado.