Hoje, venho comentar um tema delicado. “Corrida dos Ratos” foi um termo criado por Robert Kiyosaki em seu livro “Pai Rico, Pai Pobre”, sim, aquele clássico livro que todos os influencers e coachs milionários recomendam. Trago isso porque devemos tratar com olhos que enxergam a realidade do brasileiro comum, muito diferente do que como os coachs milionários vivem.

Primeiramente, o que é a corrida dos ratos? Em linguajar comum, seria você trabalhar para pagar contas, independente do seu crescimento patrimonial, ou seja, você trabalha, ganha, gasta, depois percebe que está faltando dinheiro, assim trabalha mais, ganha mais e paga mais contas. Segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a cada 100 famílias, 78 estiveram endividadas em 2022, sendo assim, 78% das famílias brasileiras sofrem com dívidas.

Podemos dizer que 78% das famílias brasileiras estão presas na corrida dos ratos, o que é extremamente difícil de sair devido à quantidade de impostos e juros os quais pagamos. A solução seria simplesmente “cortar gastos”, mas será mesmo que é possível? A média salarial no Brasil é de R$ 2.308,00, e vamos ser francos, não é possível sustentar uma casa com esse valor, muito menos cortar gastos e investir em algo, quando na maioria das famílias de classe baixa há uma grande quantidade de filhos.

Portanto, como poderíamos evitar a corrida dos ratos? Em resumo, disciplina. Quando adulto, torna-se mais difícil, então, na minha opinião, deve-se buscar mais conhecimento em vez de tentar investir. É muito arriscado aplicar sem conhecimento, e também se você não consegue gerenciar R$ 2 mil, nunca conseguirá administrar R$ 10 mil. No fim das contas, a melhor solução é começar ainda jovem.

Em virtude disso, defendo muito a educação financeira nas escolas, pois se você sabe montar uma planilha de investimentos, administrar seu próprio dinheiro a ponto de não entrar para corrida dos ratos, posso dizer que estás pronto para viver um pouco da vida. Entretanto, deixo claro que dinheiro nunca será resultado, e sim consequência do conhecimento aplicado! Por último, repito o que disse na coluna anterior: nunca é tarde para começar.