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Quarta-feira, 29 de novembro de 2023

COLUNISTAS

Luiz Gustavo Kabelo

O que não é falado sobre o embate das gerações

27/06/2023 18h23 | Atualizada em 28/06/2023 17h28 | Por: Luiz Gustavo Kabelo

O embate das gerações não é algo da nossa década e, sequer, algo do nosso século. O que, de fato, tem despertado interesse público são os debates entre a Geração Z e o Millennials.  Mas, afinal, quem está certo nessa história?

Deparei-me com um embate nas redes sociais em que a geração dos Millennials, que já está no mercado de trabalho há algum tempo, criticava a sua geração posterior a Geração Z, que hoje com seus vinte e poucos anos, está entrando no mercado. A Geração Z, segundo muitos, também é conhecida como a geração que sempre teve internet a sua disposição. A crítica principal deste debate se referia a inabilidade da geração Z de se dedicar ao trabalho e administrar a pressão das relações sociais. 

A questão é que esse debate já existe há séculos, pois é notável que uma geração sempre vai criticar a próxima. Nos últimos 70 anos aconteceu uma aceleração nesse processo, pois anteriormente cada geração era dividida em um espaço de 25 anos, hoje essa divisão é a cada 10 anos. Essa aceleração vem juntamente com o desenvolvimento da sociedade e, é claro, da internet. O acesso à informação se tornou muito mais rápido e facilitado (para alguns). 

Marcada pela ausência de paciência, a Geração Z vem com ideias de equilíbrio entre trabalho e vida social, e a percepção de que o esforço não necessariamente leva ao sucesso profissional. Este fato levou a todo um debate nas redes, estressando sua geração anterior que conheceu o burnout, doença gerada pelo excesso de trabalho.

É importante salientar que cada país tem sua própria Geração Z e cada região tem diversos tipos de Z, ou seja, cada pessoa tem sua individualidade e sua subjetividade, além do acesso ou do não acesso a essas tecnologias e à internet. Essa separação é importante para entender que cada pessoa é um universo diferente, e não deveria ser tratada como um indivíduo genérico. 

Esse extinto de colocar pessoas em caixinhas para julgar é muito nocivo e, lamentavelmente, fez e faz parte da nossa história enquanto sociedade. Um exemplo doloroso, mas que explica bem este fato são os escravistas que denominavam os seus escravos de preguiçosos como desculpa para explorá-los. Hoje está mais do que claro que isso é um argumento falacioso que foi usado como justificativa errônea para fazer o pior. A humanidade está cheia desses argumentos pois sempre surge um ruído, e deste ruído sai a desculpa para julgar e menosprezar. 

Cada geração é formada por indivíduos isolados e cada indivíduo vai ter uma interação com os demais. Ao generalizar, validamos preconceitos e sujeitos radicais usaram esses conceitos para menosprezar e atacar civilizações ou gerações inteiras.

O importante nesta questão das gerações é elas buscarem entender uma à outra. Se a questão é para enriquecer o local de trabalho, a troca de informações é essencial para um ambiente de trabalho saudável e enriquecedor, assim como a vida fora dele. Ao invés de rotular e generalizar, devemos reconhecer a individualidade de cada pessoa, independentemente da sua geração, de forma a valorizar suas habilidades e contribuições únicas.

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Luiz Gustavo Kabelo

Além do Eu

Luiz Gustavo Pereira é compositor e escritor com dezenas de trabalhos lançados por bandas e sua produtora. É acadêmico de Psicologia e foi um dos fundadores da Liga Acadêmica de Saúde e Espiritualidade (Lasesp) e é membro da Liga Acadêmica de Psicanálise (Lepsic).

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