Foi em 30 de setembro do ano passado que o Hercílio Luz venceu pela última vez fora de casa. Atuando na Ressacada, pela Copa Santa Catarina, venceu o time alternativo do Avaí por 1x0, gol de Fabinho. É verdade que houve uma vitória contra o Próspera no Campeonato Catarinense meses depois, longe de Tubarão. Mas o time de Criciúma, que foi rebaixado, mandou o confronto em Florianópolis, no Orlando Scarpelli. Não considero uma vitória fora de casa.
Por curiosidade o gol da vitória naquele jogo foi de Fabinho, atleta que compensou a decrescente qualidade técnica, em razão da idade avançada, com uma dedicação comovente dentro de campo. Fico imaginando quais atitudes ele tomaria no vestiário do atual elenco do Hercílio Luz, que aceita com passividade os resultados ruins da Copa Santa Catarina.
Mas não é isso que impede o Hercílio de vencer fora de casa. No Estadual o time era muito melhor e o resultado não veio. A questão envolve mentalidade. O time de Raul Cabral parece se contentar com pouco quando joga longe de Tubarão. E o pouco é comemorar empate. Não se vê marcação alta, mesmo após semanas e mais semanas de pré-temporada. Não se vê uma quantidade minimamente aceitável de finalizações a gol. A mudança de postura ocorre quando está perdendo, mas aí é, quase sempre, tarde demais.
E as contratações? Foram meses sem disputar uma competição profissional, avaliando mercado e tendo quase todos os contratados ainda na pré-temporada. Mas o que se vê em campo são jogadores com rendimento abaixo do ideal - e já foram quatro jogos. Por que tantos erros? O departamento de futebol e a comissão técnica têm muito a explicar sobre o início frustrante de Copa Santa Catarina. Ou está ótimo jogar sempre para empatar fora de casa?
Meia-Cancha
Coordenador de jornalismo na Rádio Cidade Tubarão e apresentador do Jornal da Rádio Cidade. Escreve sobre o esporte de Tubarão e política regional.
Opiniões do colunista não representam necessariamente o portal SCTODODIA.com.br