O Tubarão venceu o Guarani de Palhoça no dia 12 de setembro. O placar mínimo de 1x0 garantiu ao clube o 6° lugar no Campeonato Catarinense da Série B. Foram cinco vitórias muito comemoradas. Na Copa Santa Catarina do ano passado, o time não ganhou de ninguém. Na Série D houve apenas um resultado positivo - mesma quantidade do Campeonato Catarinense de 2020. O Íbis teria inveja.
Faz quase um mês que o Tubarão não entra em campo. Desde 12 de setembro não há pronunciamento oficial sobre o futuro. Nem do clube associativo e muito menos da empresa que comanda o time. Um silêncio sepulcral, muito diferente do barulho que a torcida fazia nos jogos em casa, como naquela vitória contra o rival Hercílio Luz em fevereiro de 2018, ou no título da Copa Santa Catarina, ainda em 2017, contra o Brusque.
Há quatro anos o projeto ainda era inicial. A estrutura do estádio Domingos Gonzalez era gradualmente melhorada. No ano seguinte houve a construção de um camarote para autoridades, feito no outro lado da arquibancada principal. O contato entre torcida e dirigentes diminuiu. Era intenso, com juras de amor, que passaram depois a acontecer com uma das partes no campo. Em 2019 nada mais. A entrevista coletiva de início do ano parecia um prenúncio. "O Tubarão vai precisar aprender a caminhar sozinho". Lembro dessa frase como se fosse hoje.
Não caminhou só e nunca vai caminhar. Tem uma torcida grande e apaixonada - e barulhenta também. Que age pelo bem do clube e nunca por benefício próprio. E por mais que ela, pela falta de jogos do clube, precise começar a praticar outros esportes, como beach tennis, para ter diversão, o futebol ainda é prioridade. Aliás, beach tennis é legal?
Meia-Cancha
Coordenador de jornalismo na Rádio Cidade Tubarão e apresentador do Jornal da Rádio Cidade. Escreve sobre o esporte de Tubarão e política regional.
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