Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Cultura

Gilberto Gil passará a integrar Academia Brasileira de Letras

Com 21 dos 34 votos possíveis, o cantor e compositor foi eleito a ocupar a cadeira de número 20 da Academia.

13/11/2021 15h00 | Por: Redação | Fonte: Agência Brasil
Foto: Imago Images/Sven Thielmann/Divulgação: Agência Brasil

O cantor Gilberto Gil foi eleito, na última quinta-feira (11), para ocupar a cadeira de número 20 da Academia Brasileira de Letras (ABL). A cadeira ficou vaga após a morte do jornalista Murilo Melo Filho, em maio do ano passado, passando para Gil que foi o escolhido dentre as outras duas opções, o poeta Salgado Maranhã e o escritor Ricardo Daunt.

Cantor, compositor e ex-ministro da Cultura, Gilberto Gil, ocupará a cadeira já teve Salvador de Mendonça (fundador), Emílio de Meneses, Humberto de Campos, Múcio Leão e Aurélio de Lyra Tavares como ocupantes anteriores.

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O presidente da ABL, Marco Lucchesi, descreveu Gil como um intelectual que pensa o Brasil. “Canta e pensa esse país; provou o exílio, em um momento muito difícil da nação; ocupou cargos importantes, como o Ministério da Cultura. Enfim, é um homem poliédrico, que representa parte essencial desses últimos anos do século 20 e do início do século 21. Portanto, ele é um homem que tem muitos traços de união: a política e a poética; século 20 e século 21; a tropicália e o modernismo. Ele é uma figura de extrema riqueza e, certamente, é muito bem-vindo agora como acadêmico, na casa de Machado de Assis”, destacou Lucchesi.

 

O novo acadêmico

Gilberto Gil iniciou sua carreira no acordeon, ainda nos anos de 1950, inspirado por Luiz Gonzaga, pelo som do rádio e pela sonoridade do Nordeste. Com a ascensão da Bossa Nova, Gil passou a tocar violão e, em seguida, a guitarra elétrica, presente em sua obra até hoje. Em seu primeiro LP, Louvação, lançado em 1967, traduziu em música, de forma particular, elementos regionais, como nas canções Louvação, Procissão, Roda e Viramundo.

Em 1963, iniciou com Caetano Veloso uma parceria e o movimento Tropicália, que acabou internacionalizando a música, o cinema, as artes plásticas, o teatro e a arte brasileira. O movimento gerou descontentamento do regime militar vigente à época, e os dois parceiros acabaram exilados. O exílio em Londres contribuiu para a influência do mundo pop na obra de Gil, que chegou a gravar um disco em Londres, com canções em português e inglês. Ao retornar ao Brasil, Gil deu continuidade a uma rica produção fonográfica, que dura até os dias atuais. São ao todo quase 60 discos e em torno de 4 milhões de cópias vendidas, tendo sido premiado com nove Grammy.

Suas múltiplas atividades vêm sendo reconhecidas por várias nações, que já o nomearam, entre outros, Artista da Paz, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), em 1999; embaixador da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO); além de condecorações e prêmios diversos, como a Légion d’ Honneur da França, a Sweden’s Polar Music Prize, entre outros.

 

 

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