Quinta-feira, 25 de abril de 2024
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"Todos os animais sofrem", diz médico veterinário sobre queimadas no Pantanal

Ainda que faça parte da história do Pantanal, por regularmente pegar fogo, os incêndios, ultimamente, têm causado bastante preocupação. O grande problema, de acordo com o médico veterinário Joares May, é que esse fogo não tem acontecido de forma natural.

Brasil, 14/09/2021 11h56 | Por: Redação | Fonte: Rádio Cidade Tubarão
Foto: Joares May

Ainda que faça parte da história do Pantanal, por regularmente pegar fogo, os incêndios, ultimamente, têm causado bastante preocupação. Com eles, a vegetação é queimada e toda alterada. O grande problema, de acordo com o médico veterinário Joares May, é que esse fogo não tem acontecido de forma natural, mas em quantidade e intensidade muito maiores. Atualmente, estão sendo registrados mais focos de incêndio, o que caracteriza um problema para a região.

Como queima constantemente, muitas plantas perdem a capacidade de germinação e isso afeta o equilíbrio como um todo. "Foram montadas diversas brigadas, ou seja, pessoas treinadas e capacitadas, com equipamentos de qualidade. Mas essas brigadas acabam sendo caras, por mobilizar profissionais que precisam trabalhar apenas com isso", explica Joares.

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Os incêndios podem interferir, também, queimando e matando algumas espécies, por não ocorrem somente por aproximação, mas quando formam ilhas. "Quando os animais ficam ilhados com fogo, não têm salvação. Mesmo as aves ou insetos, que poderiam voar, ao passar por cima das chamas, têm suas asas queimadas e acabam morrendo. Outro problema é a morte dos alimentos desses animais e, depois que passa o fogo, há escassez de comida e esconderijo", acrescenta. Não tem como presumir quais os animais mais afetados pelas queimadas. "Todos sofrem. Às vezes, as pessoas esquecem que, depois que acaba o fogo, as cinzas vão para o rio e consomem oxigênio. Isso faz com que os peixes ficam sem oxigênio", afirma.

Sendo algo natural da região, a primeira coisa que deve ser feita para minimizar a realidade das queimadas, segundo Joares, é entender a dinâmica do fogo e realizar pesquisa básica, com fogo em algumas áreas controladas. Além disso, fazer manejo do fogo, em áreas que há anos não pegam fogo, em períodos específicos do ano. 
 

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