De janeiro a agosto de 2021, Santa Catarina registrou mais de 3500 acidentes com animais venenosos. A maioria dos casos envolveu picada de aranha, mas, além dela, entre as maiores representações no Estado, estão as serpentes, os escorpiões e os lagartos peçonhentos.
De janeiro a agosto de 2021, Santa Catarina registrou mais de 3500 acidentes com animais venenosos. A maioria dos casos envolveu picada de aranha, mas, além dela, entre as maiores representações no Estado, estão as serpentes, os escorpiões e os lagartos peçonhentos. Segundo o Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Santa Catarina, o CIATox, nem todas as espécies desses animais são venenosas, mas algumas delas e, por isso, são utilizadas como exemplo nesses casos, pela maior incidência.
A bióloga do CIATox, Taciana Mara da Silva, explica o porquê das ocorrências serem registradas mais na parte do verão. "No verão, os animais estão mais ativos e tem um aumento. É conhecido, também, como o período reprodutivo das serpentes, por exemplo. O metabolismo aumenta e o encontro entre eles e o ser humano fica mais facilitado", afirma;
Atuando na informação desses casos, o CIATox atende com médicos e profissionais especializados para dar a assistência necessária para dúvidas e ocorrências de picadas de animais venenosos. Taciana afirma que não existe uma região específica que registra mais casos, mas depende do tipo do animal, dividindo-se entre locais urbanos e rurais. Para evitar ocorrências como a morte de uma criança após ser picada por um animal peçonhento no município de Salete, no Alto Vale do Itajaí, a bióloga diz o que deve ser feito. "Para evitar, o ideal é estar sempre utilizando os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). No caso das residências, evitar entulhos, restos de construção, o lixo precisa estar bem acondicionado. Dentro de casa, se tiver frestas e rachaduras, a orientação é cobrir. Escorpiões também podem transitar em rede de esgoto, então utilizar ralos de abre-e-fecha", aconselha.
Se o acidente já ocorreu, é importante lavar o local da picada com água e sabão, que a vítima se mantenha calma e seja encaminhada para um hospital próximo o mais rápido possível. O tratamento fica a critério do médico, podendo ou não aplicar soro antiveneno. Outra coisa é ligar para o CIATox, para receber orientações com mais celeridade, no telefone 0800 643 5252. Caso a pessoa tenha foto ou o próprio animal que causou o acidente, ajuda a equipe a fazer o diagnóstico.