Investigação apura apresentação de documentos falsos; prejuízo pode chegar a R$ 500 milhões.
A Controladoria-Geral da União (CGU) participa, nesta quinta-feira (28), da Operação Imprecisão, em parceria com a Polícia Federal. O trabalho visa a apuração dos indícios de crimes praticados no processo de contratação para compra de doses da vacina Covaxin pelo Ministério da Saúde. A ação cumpre 11 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e no estado de São Paulo, com a participação de oito servidores da CGU e de 50 policiais federais.
A investigação se iniciou a partir da publicação de reportagens no jornal Estado de São Paulo sobre indícios da prática de crimes na importação da vacina Covaxin, produzida pela empresa indiana Bharat Biotech Limited. No decorrer das apurações, foi identificado que uma empresa que alegava ser a representante oficial do laboratório indiano apresentou documentos falsos ao Ministério da Saúde e à CGU. Os trabalhos revelaram, ainda, uma carta fiança irregular emitida por outra empresa que não tem autorização para funcionamento pelo Banco Central, além de outros indícios de fraude nas assinaturas e documentos constitutivos da empresa.
Ainda de acordo com as investigações, as cartas de fiança inidôneas apresentadas para o Ministério da Saúde e diversos outros órgãos públicos federais, estaduais e municipais podem alcançar mais de R$ 500 milhões.