Novas empresas contratadas pela Prefeitura iniciam trabalho de coleta de resíduos na Capital
Após um chamamento público realizado pela Prefeitura de Florianópolis, mais duas empresas se credenciaram para poder atuar na coleta de resíduos na cidade, e assumir roteiros que estão paralisados por conta da greve da Comcap, iniciada nesta semana. Independente da quantidade de empresas que possam fazer parte do serviço, o custo público é o mesmo, já que a remuneração é por tonelada recolhida, informou a PMF.
Nos últimos dias, o Prefeito de Florianópolis Gean Loureiro, afirmou que os custos com os serviços contratados emergencialmente estão abaixo dos que são pagos rotineiramente: "O preço pago pelo município é de R$ 190,00 a tonelada, metade dos cerca de R$ 400,00 pago a Comcap", disse Gean, que ainda enfatizou que a cidade não ficará mais refém de sindicato que manipula os trabalhadores a pararem repentinamente as atividades. "Só pra se ter uma idéia, a Comcap entrou em greve 5 vezes nos últimos dois anos, com 13 assembléias e mais de outras 20 paralisações relâmpago, todas sem justificativa plausível", complementou.
Ainda de acordo com a Prefeitura, os bairros das regiões Leste, Sul e Centro serão atendidos gradativamente durante os próximos dias, até que a coleta seja normalizada.
GREVE É ILEGAL, SEGUNDO A JUSTIÇA
Em decisão nesta quarta-feira, o desembargador Sérgio Roberto Baasch Luz declarou ilegalidade na greve. Com isso, a prefeitura aplicará os devidos descontos salariais em servidores que aderiram ao movimento nesta quinta, 23 de setembro, quando o município fecha a folha do mês.
Na decisão, o TJSC impede o sindicato de tumultuar espaços públicos e ameaçar ou constranger funcionários que querem trabalhar. A Prefeiura informou que iniciou um processo de abandono de emprego em quem aderiu ao movimento.
ENTENDA O CASO
Os trabalhadores da Comcap (Companhia de Melhoramentos da Capital), autarquia responsável pelo recolhimento do lixo na Capital, aprovaram uma greve por tempo indeterminado dos serviços em Florianópolis no início da semana.
O anúncio foi feito na página do Sintrasem (Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis). O Sindicato alega que além de ser mais caro, uma decisão judicial não permite a terceirização dos serviços, e exige que o Prefeito cumpra a medida. Os funcionários protestam contra a chegada de empresas na cidade para fazer o serviço, já que também temem pelos seus postos de trabalho.