Segundo especialista, são vários registros de aparecimento de tubarões próximo à costa nas últimas semanas.
Áudios sobre um suposto ataque de tubarão na Praia Central de Balneário Camboriú circularam por grupos de WahstApp, na noite desta quarta-feira (13), na região do Vale do Itajaí. Nesta quinta-feira (14) o surfista Pita Tavares, falou sobre o ocorrido em um vídeo divulgado na internet.
No vídeo, Pita conta que estava surfando na Praia Central, em frente à rua 1.401, quando foi surpreendido pelo animal. “Um tubarão passou por cima da minha perna e bateu nas minhas costas. Ele não me mordeu”, fala o surfista. Pita Tavares disse ainda que o tubarão era pequeno, mas não deu detalhes para que seja feita a identificação da espécie.
Segundo o Corpo de Bombeiros de Balneário Camboriú, os socorristas foram acionados para atender o caso, mas como não havia nenhum indício de ataque de tubarão, a ocorrência não chegou a ser confirmada.
No vídeo o surfista faz ainda um alerta para que todos tenham cuidado ao entrar na água. “Estou muito assustado. Eu vivo aqui há 30 anos e nunca vi nada parecido”, diz Pita Tavares.
Outras aparições
No último dia 16 de setembro um tubarão foi flagrado nadando próximo ao molhe da Barra Sul. O animal com aproximadamente dois metros de comprimento foi identificado como sendo um tubarão martelo juvenil.
Segundo o professor Jules Soto, curador do Museu Oceanográfico da Univali, esses não são os úncos casos. "Temos recebido diversos registros feitos por pessoas que pescam a noite na enseada de Balneário Camboriú. A gente vem monitorando e identificando as espécies, acompanhando", explica.
Conforme o especialista, a explicação para tantos tubarões próximo à costa está na dragagem que tira areia do fundo do mar para alargamento de faixa de areia. "Existe sim um aumento no número de tubarões na região, o que já era esperado. Quando se revolve o fundo, quando se mexe no fundo marinho, se expõe uma série de pequenos organismos que atraem pequenos peixes, que atraem peixes maiores e por fim os tubarões", explica. Ainda segundo Soto, "o que está chamando atenção é que são espécies que antes eram vistas à 50 metros de profundidade, e agora estão à 10 metros. Mas isso não é um problema. Nós estamos monitorando", comenta.
Sobre o caso envolvendo o surfista na última quarta-feria (14), Soto explica que não houve um ataque. "Testemunhas falaram que o tubarão não derrubou o surfista. Eles teriam visto o tubarão e se assustaram", finaliza.