Presidente da Associação Brasileira do Carvão Mineral elogia a aprovação da nova legislação, afirmando que é um “grande presente” para a região.
Foi sancionada nesta semana pelo presidente Jair Bolsonaro a lei que prorroga o uso de termelétricas a carvão por mais 15 anos. Com isso, o carvão mineral é o primeiro setor a definir uma legislação especifica para promover a transição energética, mirando a diminuição das emissões de carbono após esse período.
Em entrevista a Matheus Aguiar, no Jornal da Rádio Cidade desta quinta-feira (6), o presidente da Associação Brasileira do Carvão Mineral, Fernando Zancan detalha a participação da entidade nesse processo.
“É um grande presente para a região Sul de Santa Catarina. Eu lembro que no dia 4 de dezembro de 2020 estávamos de frente com o ministro de Minas e Energia dizendo que poderia ser fechada a primeira usina da Jorge Lacerda, dali surgiu todo um movimento, a força política do Sul, movimento empresarial, imprensa e governador mostrando a importância da cadeia produtiva do carvão. O ministério, entendendo isso, criou um grupo de trabalho que foi até julho, dali saiu um relatório para a Casa Civil e começamos a articular toda uma solução legislativa para tirar a espada da nossa cabeça. Nesse meio tempo, conseguimos primeiramente o processo de venda, e o segundo ponto e mais importante era termos a continuidade da Jorge Lacerda até 2040, que é basicamente a vida útil da usina. Isso nos dá tempo para fazer novos projetos, novos negócios e investimentos na região Sul”, afirma o presidente da associação.
Sobre as críticas a prorrogação das atividades na termelétrica, Fernando dispara: “Tem muita gente olhando só a arvore, nós temos que olhar a floresta. E a floresta é o projeto de transição energética, o primeiro programa brasileiro de transição justa, porque foca o olhar no emprego qualificado, pagando três vezes acima do salário mínimo. É um exemplo para o Brasil, Santa Catarina larga na frente graças ao empenho da nossa classe política”.
Confira a entrevista na íntegra: