Na véspera do lançamento, astrônomos anunciaram descoberta de um planeta que possui a mesma massa que a Terra.
A manhã deste sábado (25) será ainda mais especial na base de Korou, na Guiana Francesa. Este Natal de 2021 ficará marcado para os cientistas do mundo todo pelo lançamento do Telescópio Espacial James Webb, que pode entrar para a história como o início de uma era de descobertas inusitadas sobre o Universo.
O supertelescópio, como está sendo considerado, possui uma tecnologia avançada, com espelhos capazes de captar a radiação infravermelha e tem como objetivo entender o surgimento das primeiras galáxias e estruturas, como os misteriosos buracos negros. Essa é a missão mais avançada desde o Telescópio Espacial Hubble, enviado ao espaço há mais de 30 anos, e que está prestes a descobrir novos mundos, estrelas e sistemas solares.
Esta é a aposta do astrônomo, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, José Dias do Nascimento. “O James Webb, que é o mais complexo telescópio espacial já construído e 100 vezes mais poderoso do que o Telescópio Espacial Hubble, contribuirá muito com o estudo da atmosfera dos exoplanetas no infravermelho. Isto abrirá uma nova janela para observar exoplanetas em comprimentos de onda que nunca foram vistos antes.
Uma vez que moléculas da atmosfera dos exoplanetas têm o maior número de características espectrais neste comprimento de onda, isto nos ajudará na obtenção de novos insights sobre natureza destes mundos”, diz. Uma parceria das agências espaciais a americana Nasa, a europeia ESA e a do Canadá – CSA, a missão tem a proposta utilizar o Telescópio James Webb, que é considerado uma ''lupa'' capaz de olhar para o ''passado'' do Universo, para ampliar o entendimento sobre a formação de planetas diversos.
Em paralelo a esta tecnologia que será lançada ao espaço neste sábado, outras técnicas têm sido empregadas em busca de exoplanetas, aqueles localizados fora do nosso sistema solar. É o caso das Microlentes Gravitacionais, técnica de observação que levou um grupo de astrônomos a localizar uma ''Nova Terra''. O planeta batizado de KMT-2020-BLG-0414Lb tem a mesma massa do nosso planeta, embora tenha temperaturas significativamente mais baixas, devido à distância da estrela que orbita - uma vez e meia a distância Terra-Sol.