Os reflexos da crise da empresa Evergrande fez com que o dólar fechasse o dia com uma alta de 0,78%.
Os mercados mundiais ficaram balançados nesta segunda-feira (20) pelas notícias de um possível calote da gigante do mercado de incorporações e construção civil, a chinesa Evergrande. Atualmente a empresa possui a maior dívida de ativos do mundo, mais de US$ 300 bilhões, a informação gerou uma fuga ainda maior de capital da empresa.
Responsável por aproximadamente 3,8 milhões de empregos em diversos países ao redor do mundo, as ações da Evergrande caíram em 10,24% logo depois do anúncio de que os juros de sua dívida não seriam pagos aos credores, fechando o dia em US$ 2,28, uma queda acumulada de 84,7% desde o início do ano.
As principais empresas de tecnologia de Wall Street registraram queda nos valores de suas ações. Gigantes como Apple, Google (Alphabet), Tesla e Amazon representam as principais influências negativas do dia, tanto no índice de tecnologia, quanto no índice de valores S&P 500. 1,79% foi a queda com que o índice Dow Jones fechou o dia, já o mercado de ações Nasdaq, teve um recuo de 2,17%.
O calote também teve impactos no Brasil, fazendo o Ibovespa cair para o menor nível dos últimos 10 meses, com uma queda de 2,33%, o dia fechou com 108.843 pontos. Segundo a agência de notícias Reuters, o calote da Evergrande criou temores de uma crise imobiliária chinesa, podendo trazer consequências em larga escala para a economia global, parecida com a crise de 2008 gerada pela bolha imobiliária nos Estados Unidos.
Os temores de uma crise generalizada, fez com que o dólar apresentasse uma alta de 0,78%, fechando o dia cotado a R$ 5,32, sendo o maior valor da moeda norte-americana desde 23 de agosto, quando chegou a ser cotada por R$ 5,38.