A principal reivindicação dos participantes foi a criação de uma diretoria ou de uma gerência, que cuide especificamente da causa no estado de Santa Catarina
Na última quarta-feira (13), aconteceu a primeira reunião de estruturação da política animal. A sessão ocorreu na Alesc e juntou 60 participantes, entre representantes de ONGs de proteção animal, protetores independentes e vereadores ligados à causa. O encontro foi promovido pela deputada Paulinha (sem partido) que cobrou a criação de uma diretoria ou de uma gerência que cuide especificamente da causa no estado. Depois disso, ela encaminhou a proposta ao governador Carlos Moisés. O grupo presente na reunião também irá apoiar a criação de um Fórum Permanente de Proteção Animal na Fecam (Federação Catarinense dos Municípios), proposta da vereadora de Florianópolis, Pri Fernandes (Podemos), que conta com apoio de 30 municípios.
“Já ultrapassamos a fase da compaixão com os animais. Agora exigimos respeito”. Essa frase impactante deu o tom da primeira reunião que buscou definir regras claras e efetivas para a adoção de uma política pública em benefício dos animais em Santa Catarina. E o desafio é grande, admite a deputada Paulinha que concedeu entrevista ao programa Em Dia Com a Cidade desta quinta-feira (14).
“Pois, existem leis voltadas para os animais em Santa Catarina, no entanto, os avanços ainda são tímidos”, avaliou a parlamentar citando como um avanço o fim da farra do boi no Estado.
Ainda foi feito um relato das ações desenvolvidas em favor da causa animal e um alerta sobre a preocupação de que propostas não saiam do papel, lembrando que em 2003 foi instituído o Código Estadual de Proteção aos Animais e de lá para cá várias leis foram criadas, mas muitas não conseguiram ser aplicadas por falta de recursos financeiros.
Para a deputada, essa reunião de trabalho busca dar o primeiro passo para criar um ambiente de diálogo com o Governo do Estado, apresentando um diagnóstico sério e efetivo da causa animal em todos os 295 municípios. “Fundamental os municípios aderirem a esse plano. Sem o apoio do Poder Executivo municipal o avanço não existe”, avalia.