Em Santa Catarina o último registro da doença foi em 2019 em Gravatal. Desde 1996 o Estado não realiza campanha de vacinação pública, já que é considerado área controlada para Raiva no ciclo urbano.
Podendo ser transmitida pela saliva de animais contaminados com o vírus através de mordidas, arranhões ou lambeduras, a Raiva é uma doença quase 100% letal em que, mesmo com alguns tratamentos experimentais de cura sendo realizados ao redor do mundo, poucas pessoas sobrevivem a ela, e quando se salvam, ficam com sequelas irreversíveis. Em entrevista a Isadora Zarbato para o Estúdio Cidade desta terça-feira (28), a médica veterinária da Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (DIVE-SC), Alexandra Schlickmann, fala sobre o Dia Mundial de Combate a Raiva, comemorado neste 28 de setembro. “Desde 1973, quando foi instituído o programa de combate a Raiva no Brasil, com a vacinação de cães e gatos, houve a diminuição dos casos humanos”, afirma a veterinária.
Apesar disso, ela ainda ressalta que é importante que as pessoas sejam cuidadosas e evitem se aproximar ou tocar em animais desconhecidos ou que estejam apresentando algum tipo de comportamento estranho. “Caso mordido ou lambido por um animal contaminado é fundamental lavar o ferimento com água e sabão e procurar uma Unidade de Saúde o mais rápido o possível. Lá, os profissionais irão avaliar o ferimento para indicar o tratamento adequado. No SUS há a disponibilidade do soro e vacina antirrábica. Se o animal estiver vivo e for possível, pode-se observa-lo por 10 dias, pois se ele estiver com a doença, em 5 ou 6 dias ele irá morrer”, explica.