Pelo menos três crianças precisaram de internação em UTI neste final de semana, em SC, e não tiveram a assistência devida por meio do SUS
O final de semana foi de apreensão para, pelo menos, três famílias do Sul de Santa Catarina. A falta de leito de UTI infantil fez com que os familiares precisassem travar uma verdadeira batalha midiática nas redes sociais para chamar a atenção da Secretaria Estadual da Saúde para o problema.
O primeiro a vir à tona foi o caso de Caetano, filho da Marília Gabriela Furlan que com um quadro de bronquiolite precisou de internação e não conseguiu leito no Hospital São José e nem no Santa Catarina. A família recorreu ao hospital da Unimed e internou a criança de forma particular a um custo de R$ 10 mil dia, sendo exigido R$ 30 mil no ato da internação. Nesse meio tempo a família do pequeno Joaquim, de Turvo, também já travava uma luta na internet e via judicial para conseguir assistência para o filho, conforme conta a mãe, Cristina Gonçalves.
O drama em busca por atendimento para o Joaquim só chegou ao fim à meia-noite da última segunda-feira (16), quando ele foi transferido para o hospital Nossa Senhora da Conceição de Tubarão.
Além de Joaquim e Caetano, o pequeno Aldo, de 1 ano e 6 meses, também precisa de leito de UTI e ainda segue aguardando. O menino caiu da cadeirinha e precisou passar por uma cirurgia de emergência e segue aguardando um leito de UTI pediátrica.
A nossa reportagem fez contato com a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Saúde para entender os encaminhamentos para resolver o problema. Mas a comunicação do órgão se limitou a replicar a nota emitida no domingo. Na nota, a Secretaria de Estado da Saúde defende que desde o início deste ano, há um trabalho dedicado à ampliação dos leitos, não apenas os de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e que as equipes das unidades de saúde, vem desenvolvendo fluxos de rotatividade dos pacientes, promovendo, sempre que possível, uma redução no tempo de permanência nas UTIs. E ainda ressalta que até o momento, os pacientes estão sendo absorvidos pelo sistema no Estado e que todos estão sendo assistidos de forma plena.
Ainda conforme a Secretaria de Saúde estadual, os custos da internação do Caetano serão custeados pelo Estado.
A nossa reportagem tentou fazer contato com o Secretário de Saúde de Içara, Sandro Ressler para saber os encaminhamentos para tentar resolver a situação do menino Aldo, mas não teve sucesso nas ligações e nem resposta às mensagens até o fechamento da reportagem.