Entre maio e dezembro a doença possui maiores ocorrências.
Com o período de maior incidência da febre amarela, o Ministério da Saúde (MS) prepara uma capacitação para orientar os técnicos de saúde a lidarem com a doença. O curso começou nesta terça-feira (5) e segue até sexta-feira (8). Desde 2019, a Coordenação-Geral de Vigilância das Arboviroses do MS estabeleceu um grupo de trabalho que reúne profissionais e gestores dos serviços de saúde pública e pesquisadores de diversas áreas para orientar e buscar respostas para as questões prioritárias que permeiam o controle da febre amarela no país.
A febre amarela ocorre com maior frequência durante esse período quando as condições ambientais climáticas e epidemiológicas são favoráveis à transmissão. De acordo com a bióloga e coordenadora do Programa de Vigilância da Febre Amarela em Santa Catarina, Renata Gatti, as altas temperaturas e os períodos de chuva aumentam a quantidade de mosquitos transmissores da doença, sendo propícios para ocorrências de surtos, principalmente em locais com pouca vigilância de epizootias em primatas e baixas coberturas vacinais.
Santa Catarina é área de recomendação para a vacinação da doença desde de 2018, sendo que a vacina é a melhor forma de prevenir a febre amarela em humanos. Atualmente, a cobertura vacina no Estado é de 79,52%, porém, segundo o Ministério da Saúde, o ideal é de 95% para que se evite surtos.
Só nesse ano, o Estado já registrou oito casos de febre amarela, com três casos acabando em óbito. Além disso, o estado catarinense também já tem o registro de 136 mortes de macacos confirmados pela doença.