“Ser pai de autista é uma das coisas mais mágicas que a vida nos proporciona”, enfatiza o pai do pequeno João Miguel, em entrevista ao programa Em Dia Com a Cidade
A Câmara de Vereadores de Forquilhinha recebeu na última segunda-feira (18), pais e mães de pessoas diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Eles solicitaram apoio e agilidade na execução de projetos já aprovados no Legislativo. Segundo o grupo, há a necessidade de um atendimento melhor e especializado no município.
O morador da localidade de Santa Isabel, Salésio Feller, fez um relato na tribuna. “Tenho um filho de 12 anos com diagnóstico leve do TEA. Ser pai de autista é ir para uma guerra sem armas e sem estratégia, é no dia a dia que vamos descobrindo as estratégias para ter mais sociabilidade com eles”, conta.
Dois projetos já foram aprovados na Câmara e viraram leis em Forquilhinha. A Lei nº 2.486/2021 institui sobre política pública do município para garantia, proteção e ampliação dos direitos das pessoas com TEA. E a Lei nº 2.522/2021, que autoriza a criação de programa municipal de censo de inclusão das pessoas diagnosticadas com TEA.
Na avaliação do vereador Dinho Rampinelli (PL), o atendimento é deficitário município. “A Apae de Forquilhinha atende crianças até os sete anos de idade, e a Associação dos Pais e Amigos Autistas (AMA) de Criciúma está com fila de espera de pessoas aguardando vagas. Falta um local com atendimento exclusivo e especializado”, comenta.
Nesta quarta-feira (20), O programa Em Dia Com a Cidade contou com a participação de Gian Felisberto, pai do pequeno João Miguel, de 3 anos que tem o diagnóstico de autismo. “Ser pai de autista é uma das coisas mais mágicas que a vida nos proporciona. A cada dia é um novo desafio. Nós só queremos que nosso filho se desenvolva e leve uma vida normal, incluídos na sociedade“, salientou Gian visivelmente emocionado.