Você sabe o que é criptomoedas? Já ouviu falar sobre? Se a resposta for não, aqui vai um breve resumo sobre o assunto.

As criptomoedas são basicamente moedas digitais descentralizadas, isso significa que elas não são controladas por alguma entidade ou país em específico. As criptos são geradas no blockchain (tecnologia de cadeia de blocos de informações), que é a responsável por juntar vários tipos de informações. Como por exemplo; transações financeiras, registros e os dados de pessoas que participam dessas transações.

Sendo geradas no blockchain, as criptomoedas possuem um valor que, em algumas situações, poderão ser convertidas para outros tipos de moeda, tal como, dólar e o real. E em razão deste motivo, elas acabam podendo ser usadas como moeda de troca para compra de produtos e consumo de serviços. Lembrando que as criptomoedas são dinheiro virtual, ou seja, não é possível fazer uma troca física. Consequentemente só existem na internet, sendo assim, você não consegue guardá-las em conta corrente, corretoras comuns ou em cofres. Essa moeda só pode ser armazenada apenas em carteiras digitais específicas, chamadas Exchanges (plataformas eletrônicas que facilitam toda a compra, venda e troca das criptomoedas).

A relevância dessa moeda virtual tem crescido cada vez mais e, fazendo com que empresas tenham mais interesse por receber criptomoedas como forma de pagamento. E elas agora, podem estar entrando no dia a dia da população, em uma compra de mercado, feira ou até mesmo em uma loja. Em entrevista para o portal SCTODO DIA, Vinicius Zampieri, co-fundador da Beplix, diz que o acontecimento tem previsão para acontecer neste trimestre, através do aplicativo da empresa.

Para Vinicius, as pessoas não vão ter problemas para se adaptar às criptomoedas, porque hoje em dia, o dinheiro já é virtual. “Uma grande parcela da população não usa papel moeda mais, usam cartão e o PIX. No entanto, as tecnologias levam um tempo para serem adotadas. No início, as compras do cartão eram feitas em papel carbono, os estabelecimentos tinham que ter uma máquina ‘gigante’ para aceitar, e hoje o cartão é essencial pra todo mundo e já nem precisa mais dele físico, temos disponível até no celular. O mesmo vale pro pix, que em pouco tempo virou essencial na vida das pessoas e traz uma série de benefícios, tanto em agilidade como em taxas. Com cripto não vai ser diferente”, comenta.

“As pessoas e os estabelecimentos têm muitos benefícios por aceitarem criptomoedas e conforme forem entendendo isso, a migração vai ser natural. Hoje quase ninguém paga com cripto, pois simplesmente não tem como fazer. Da mesma forma que usavam cheque quando o cartão não existia.O bitcoin foi criado pra ser um meio de pagamento. O ‘pizza day’ é o evento mais famoso na história do bitcoin. No entanto, tentar ‘ir direto da moeda fiat para criptomoeda’ seja agressivo demais, tipo como ir do ouro pro dólar, precisa de um período de adaptação. E é essa a ideia da beplix, ser a adaptação/transição entre a moeda fiduciária normal e os cripto ativos.Conforme as pessoas forem utilizando e entendendo que é melhor e mais seguro, vai ser um movimento natural”, continua Vinicius.

Ele também comentou o fato de empresas que já usam criptos como forma de pagamento e contratação de funcionários. “Inclusive já existem empresas fazendo isso. Recentemente, até jogador de futebol foi contratado em cripto. Além disso, cripto é uma coisa mundial. O mundo aceitando cripto, quando você vai viajar, por exemplo, não vai mais precisar pagar altissimas taxas de conversão entre moedas”, afirma.

O co-fundador da Beplix acredita que as criptomoedas vão entrar no cotidiano da população, assim como a internet entrou, que depois de ser criada nunca mais saiu da vida das pessoas. “Quanto ao ‘Brasil’ isso vai depender dos empreendedores e da política. Existem tecnologias que avançam primeiro em um país e demoram um pouco mais em outro, mas no fim o mundo todo vai caminhar nessa direção. A moeda de troca já foi escambo, já foi sal, já foi ouro, e enfim papel moeda. Hoje o papel moeda quase não existe mais, os lastros estabelecidos no início desse sistema não existem mais e o dinheiro já se tornou digital, hoje se todos os correntistas dos grandes bancos forem lá sacar o ‘saldo digital’ que aparece na conta, esse dinheiro não existe, não vai ter disponível. A moeda digital é definitivamente a próxima etapa do dinheiro, e é universal” destaca Vinicius.

Ele também falou um pouco do que ele entende sobre a tokenização nas redes sociais. “Tokenização será a nova forma de equities/ações de uma empresa ou de um ativo.É uma forma revolucionária muito mais prática e desburocratizada de captar recursos. No que tange a regulamentação, esse setor ainda precisa evoluir, pois a facilidade em se tokenizar uma empresa/um ativo, faz com que ainda existam muitas fraudes ou irresponsabilidades que acabam causando grandes prejuízos, no entanto se feito da forma correta, é certamente o futuro (é já o presente em alguns países, hoje na suíça e singapura por exemplo, que são sempre pioneiros em tecnologias, tokenização já está ganhando muita força”, explica.

Já na última pergunta da entrevista, ele comentou como seria centralizar as criptos em um único sistema, já que a lógica das criptos é a descentralização. “Nem todas as criptomoedas são descentralizadas. O Bitcoin é. A maioria dos protocolos são (ou tentam ser), mas alguns não. Mas não existe isso de ‘centralizar em um único sistema’, a blockchain do Ethereum por exemplo integra mais de 5.000 protocolos. E existem várias moedas (como usdt) que é adaptável, pode circular na blockchain da ethereum, da tron, da binance, solana entre outras. Não há uma regra.”, concluiu Vinicius.