Meteorologistas ressaltam a necessidade de redução da emissão de gases estufa para uma possível reversão do cenário.
O Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) divulgou recentemente que, com base em dados coletados em suas estações meteorológicas, o Brasil vem enfrentando um aumento considerável em sua temperatura desde a década de 1990.
Segundo o meteorologista do Instituto, Mozar de Araújo Salvador, mestre e doutor em Climatologia, causas naturais e antrópicas (ou seja, causadas pela ação humana) são as principais responsáveis pelo fenômeno. “Alguns exemplos de causas naturais são a própria variação natural do clima e fatores astronômicos, como a variação entre a distância da terra e o sol”, explica. “Como causa antrópica, temos o aumento do desmatamento e a urbanização desordenada.”
Em relação a temperatura global, em uma série com mais de 100 anos, “os 5 maiores recordes foram os registrados nos últimos 10 anos, sendo o ano de 2020 o mais quente de todos até então” explica o meteorologista.
A principal causa para o aumento das temperaturas no mundo é a constante emissão de gases de efeito estufa que levam ao aquecimento global, afirmam pesquisadores do Painel Intergovernamental Sobre Mudanças Climáticas.
Como podemos amenizar a situação?
Considerando as observações do IPCC, uma das formas de conter o avanço do aquecimento é reduzir a emissão de carbono, por meio de atividades industriais e de ocupação urbana mais eficientes e sustentáveis.
“Dessa forma, é necessário pensar em criar “microclimas”, de forma a aumentar as áreas verdes nas cidades e diminuir as queimadas, preservando florestas e recuperando áreas degradadas”, orienta Mozar.