Se alguém ainda tinha dúvidas sobre a habilidade de Clésio Salvaro em driblar politicamente, inclusive a coerência partidária, esta semana viu um malabarismo político que não deixou brecha. Determinado desde o início a colar o Partido Liberal (PL) de Jair Bolsonaro na campanha de seu sucessor – antes Arleu da Silveira, agora Vaguinho Espíndola – Clésio deixou claro que, para ele, barreiras partidárias são meras formalidades.
Em Brasília, fez questão de se encontrar com a deputada federal Julia Zanatta (PL), ex-adversária. E não parou por aí. Junto com Vaguinho, Clésio foi ao encontro do próprio Bolsonaro, e ainda o convidou para uma visita a Criciúma durante a campanha...
Chega a soar irônico: Clésio se mostra imune ao fato de que o PL, partido de Bolsonaro, tem Ricardo Guidi como candidato, seu principal adversário. Criciúma, conhecida por seu fervor bolsonarista, é o cenário ideal para a estratégia ousada, mesmo que um tanto descompassada com a lógica partidária.
Vamos lembrar que Bolsonaro publicamente não tem poupado palavras ao declarar que não apoiará nenhum candidato fora do PL. Inclusive ele foi claro em outro ponto: o "PSD de Kassab" não terá seu apoio. Mas, para a surpresa de todos, Bolsonaro recebeu Clésio e aceitou tirar a famosa foto, hoje distribuída em Criciúma. Fica a dúvida: a promessa de Bolsonaro tem uma brecha para Clésio?
As últimas da política
"O Trás do de Trás" não é apenas mais uma análise superficial dos eventos políticos; é uma jornada profunda rumo ao cerne das questões. Desafiando as narrativas convencionais e desvendando os verdadeiros interesses por trás das manchetes, revelando os jogadores ocultos que moldam o curso da história.
VER COLUNAS