Se as discussões sobre a eleição majoritária estão completamente indefinidas no MDB, os pré-candidatos a vereador estão sobrando. Apesar da possibilidade de 18 nomes, de acordo com a lei eleitoral, os emedebistas já dispõem de uma lista com 16 homens e oito mulheres.

Segundo o coordenador da campanha na região, Ricardo Belolli, mais nomes devem surgir até a definição dos 18. Na lista aparecem nomes como o do empresário Dorvanil Gonçalves, de Marcos Machado, que já passou pelo Centro Acadêmico da Unesc, do veterano Jeferson "Ganso" e do vice-prefeito Ricardo Fabris. O MDB ainda não definiu com quem estará na eleição.

A avaliação do presidente é que a opção mais próxima atualmente é uma candidatura própria e uma composição com o PP pode surgir, desde que este aceite a condição de vice. "Temos o pré-candidato mais preparado que conhece a Cidade, suas dificuldades e também sabe como são as soluções", sustenta.

 A lista é grande e vários aspirantes surgem no cenário. O PSB, recentemente declarou apoio à chapa de oposição colocando o nome de Fábio Brezola à disposição. Depois veio o Republicanos e tentou argumentar que o nome do advogado Jeferson Monteiro seria mais "viável". E lá pelas tantas surgiu nos bastidores o médico Flávio Spillere Júnior, do PSDB. Isso sem falar no PDT...

Opções não faltam e no meio de tudo isso ainda têm os partidos com expressão política considerável no contexto: PP e MDB. Ambos deixam transparecer viabilidade de voo solo e, neste caso, somam para o passo.

O ex-deputado Valmir Comin chegou a ser cogitado e defendido inclusive por lideranças do paço como pré-candidato do então Arleu da Silveira. O MDB também não está disposto a abrir mão da majoritária mas, segundo os mais entendidos, este é muito mais um "problema" do pré-candidato de oposição Ricardo Guidi do que da turma de Clésio Salvaro, Vaguinho e Cia.

Durante entrevista à coluna, Vaguinho desconversou sobre o vice. Disse que o foco "são as pessoas". Também afastou qualquer possibilidade de ataques durante a campanha e disse que o tom será "continuar com as políticas públicas voltadas para resultados".

Confira a entrevista:

• Como foram esses dias de pré-campanha desde que foi anunciado pelo partido?
  Foram dias de intensas visitas, muitas reuniões, envolvimento direto com as instituições e com as comunidades. Dada a minha relação institucional com todas as organizações e instituições da cidade, e aos resultados de um trabalho já prestado na gestão municipal, o clima de acolhida é o mais favorável possível. Isso me deixa mais otimista ainda e revigorado para continuar a jornada.

• A mudança de candidato também é uma mudança de estratégia em relação ao tom da campanha?
  O tom da campanha será continuar com as políticas públicas voltadas para resultados, através de gestão eficiente e prestação de serviço, com um olhar direcionado à matriz econômica municipal pautada na inovação e tecnologia.

• Vocês tentarão trazer PP e MDB para a chapa? Quais são as conversas neste sentido? Como integrá-los em uma estratégia de espaço pleiteado na majoritária?
  Minha primeira coligação é com as pessoas, está sendo e será com as pessoas nos próximos dias. Porque entendo que política se faz ouvindo as pessoas, suas necessidades e anseios, pelo futuro e pelo destino de Criciúma.

• Procede o nome de Flávio Spillere Júnior para vice?
  Como respondi anteriormente, estamos em um momento de diálogo com as pessoas, comunidades e instituições.

Conhecido em Criciúma, o dermatologista Adroaldo Luiz Apolinário embarcará na disputa eleitoral de Urussanga. Ele será vice do advogado e professor universitário, Fabrício Trevisol Bordignon, em uma chapa pura lançada pelo PT. Sim, em um estado bolsonarista, eles vão encarar um pleito sozinhos em chapa petista.

"Queremos discutir a cidade dentro de uma campanha propositiva. Não vamos partir para o ataque", diz o médico, determinado.

Urussanga tem os bastidores políticos agitadíssimos, principalmente após a prisão do prefeito Gustavo Cancelier. O PL se articula nos bastidores para lançar candidatura. No mês passado, o empresário Geraldo Fornasa se filiou ao partido. O principal nome especulado é o da irmã dele, Joelma Fornasa.

O MDB também já anunciou a pré-candidatura do empresário e ex-prefeito Johnny Felippe.

Diante dos rumores de que o MDB poderia buscar uma "força maior" para combater a prefeita Dalvânia Cardoso (PL), que vai à reeleição em Içara, o ex-secretário de Educação e Infraestrutura do Estado, Luiz Fernando Vampiro, foi visto hoje (3) em Criciúma ao lado do ex-prefeito Murialdo Gastaldon. Este último tem trabalhado a candidatura a vereador, enquanto os candidatos oficiais são o ex-vereador Toninho de Mello e o professor Henrique Guglielmi.

Questionado sobre a possibilidade de ser candidato em Içara, Vampiro afastou a possibilidade: "Meu domicílio eleitoral é Criciúma." Avaliou, junto aos outros do grupo, que Içara, como outros municípios do estado, terá uma eleição com discurso ideológico. "Nesse sentido, Dalvânia acertou quando trocou de partido", avaliou.

Enquanto a oposição constrói um nome para a chapa de oposição, a prefeita também não definiu o possível vice. Chegou a ensaiar união com o PSD de Alex Michels, mas voltou atrás por avaliar que a atual chapa, com Jandir Sorato, tem mais viabilidade eleitoral.

A chuva que castigou Praia Grande trouxe luz a um problema antigo desta região. Enquanto os céus despejam suas lágrimas sobre Praia Grande, o Rio Canoas, parece mais um depósito de seixos do que uma via aquática.

Apesar de todo o trabalho de desassoreamento dos rios do município, o Rio Canoas, que faz a divisa, é federal. Por esse motivo, autoridades locais não têm autorização para fazer qualquer intervenção.

Mas o problema é ainda mais grave: pelo menos cinco empresas têm requerimentos com autorização de manter seixo rolado no interior deste rio.

Ou seja, o rio é mais do que apenas uma fronteira líquida entre municípios. Ele se tornou um santuário para essas corporações, que obtêm permissão para estocar seus seixos rolados em suas águas, como se fossem cofres naturais para suas riquezas.

Retiram apenas quando é conveniente, quando seus apetites por construção e lucro exigem. Enquanto isso, as cidades à sua volta agonizam sob o peso da inundação.

Veja que ironia. Praia Grande, Mampituba, Passo de Torres e São João do Sul são as primeiras a sofrer com a fúria do rio transbordando. Cheias e desalojados tornam-se a paisagem desoladora de um cenário onde o descaso é o protagonista.

O prefeito Elisandro Machado (Fanica) promete justiça. Ele acredita que uma ação na justiça será suficiente para mover montanhas de seixos e desfazer décadas de negligência. Enquanto isso, o rio continua seu papel de servir às ganâncias das empresas, indiferente aos apelos da população.

Que cena digna de uma tragédia grega moderna! O rio, não mais uma fonte de vida, mas sim um símbolo de desespero. E as empresas, não mais criadoras de emprego e progresso, mas sim agentes de destruição e miséria. 

O PSB, partido do vice-presidente da república, Geraldo Alckmin, que apesar de ser essencialmente "Socialista Brasileiro", se diz de "centro", anunciou nesta manhã apoio a candidatura de Vagner Espíndola. 

O principal nome do PSB de Criciúma é o do coordenador regional do partido Fábio Brezola, que tem bagagem política em Criciúma e poderia ser um possível vice. Mas quando questionado sobre a possibilidade, ele desconversa e cita o maior desafio da chapa do paço: "precisamos fazer com que a população conheça o Vaguinho".

Na avaliação de Brezola, conforme entrevista a coluna, Vaguinho ainda está "envergonhado" nas ruas e tem uma candidatura que precisa ser construída. "O vice, na minha avaliação, no momento oportuno deve ser discutido e avaliado quem complementa as dificuldades q o candidato possa ter", disse.

Confira a nota assinada pelo presidente estadual do PSB, Israel Rocha:

"O PSB se posiciona em relação às manifestações de partidos que buscam formar uma aliança em torno da candidatura de Vagner Espíndola (Vaguinho) para a prefeitura de Criciúma. Enquanto partido, acreditamos que Vaguinho está qualificado para governar a cidade, dada sua experiência na atual gestão e em outros cargos. 
O PSB entende que o candidato a vice-prefeito deve complementar o perfil técnico do candidato a prefeito, trazendo experiência política e eleitoral, independentemente do partido. 
Embora tenhamos membros aptos para essa função, como o coordenador regional Fábio Brezola que em três eleições consecutivas ultrapassou os 50 mil votos (eleições de 2008, 2013 e 2016), a escolha do vice será feita em conjunto com a coordenação de campanha em momento oportuno. 
Nosso foco agora é fortalecer a pré-candidatura de Vaguinho e apresentá-lo à sociedade de Criciúma, destacando seus projetos para a cidade".

Após ser cobrado por Eduardo Leite nas redes sociais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou ao Rio Grande do Sul na manhã desta quinta-feira, 2. As fortes chuvas que castigam o Estado já completam três dias na data em que o presidente pisou em solo gaúcho.

Leite havia feito uma cobrança por medidas mais enérgicas por parte do Governo Federal através do X (antigo Twitter). Foi então que Lula ligou para o governador e gravou um vídeo da conversa, também divulgado nas redes sociais. A situação no Rio Grande do Sul é grave e muito delicada, com o número de mortes subindo para 13. Ao menos 21 pessoas estão desaparecidas e mais de 5 mil moradores estão desalojados.

Deputados da região estão acompanhando de perto o desenrolar da situação e defendem medidas conjuntas, apesar das diferenças políticas. Parece meio óbvio, principalmente em uma situação envolvendo mortes, mas Eduardo Leite, possível adversário de Lula na próxima eleição, é um crítico assíduo. No entanto, ele elogia um ponto que aqui parece se encaixar: a boa relação de Lula com governadores, apesar dos percalços na economia do país e assim por diante.

A deputada federal Geovania de Sá (PSDB), que também é tucana e próxima a Leite, defende a união neste momento difícil, "apesar das diferenças políticas". Através da assessoria de imprensa, ela enviou uma nota realçando que vem acompanhando a situação do estado vizinho.

"A deputada federal Geovania de Sá (PSDB) se solidariza diante da situação enfrentada pelo povo gaúcho devido às fortes chuvas. É necessária a união entre os diferentes níveis de governo para fornecer assistência em momentos de crise como esse.

Nós, como deputados federais, estamos à disposição para buscar recursos no governo federal, juntamente com os colegas do Rio Grande do Sul, e priorizar a necessidade de salvaguardar vidas. Que todos os envolvidos tenham sabedoria na gestão desse processo e que o apoio necessário chegue rapidamente às comunidades afetadas", assina a assessoria.

Veja as informações sobre o encontro de Lula com Eduardo Leite:

 

Não, não é uma cria de Acélio. Já começo de cara respondendo à primeira pergunta. Mas, o que o ex-diretor de Turismo de Criciúma, Chris Camatti, e o ex da Saúde, Acélio Casagrande, têm em comum? Talvez muito pouco. Saíram do governo e serão candidatos no grupo de oposição (PL). A motivação e o processo é que são diferentes. Já vou explicar...

Camatti aceitou o cargo em setembro de 2023. Na época, estava trabalhando no Governo do Estado como Gerente de Infraestrutura turística, da Secretaria de Estado do Turismo (SC). Criciúma precisava de um técnico porque na época estava com projetos de captação de recursos que precisavam ser finalizados.

Ele foi chamado, mas quando chegou, avisou de cara: independente de qualquer coisa, meu partido é o PL.

tentou ser convencido até o último momento a concorrer pelo PSD, mas manteve a palavra, apesar da boa relação com a equipe do paço.

"Minha relação com o Prefeito Salvaro foi sempre muito profissional e de ótimo relacionamento. Em nenhum momento sofri retaliação, ao contrário, sempre elogios e conversa para caminhar ao lado do projeto deles, até o último momento eu poderia ter feito a escolha de ir para outro partido", conta a coluna.

A próxima resposta contrapõe acusações constantes entre adversários políticos de Criciúma nos últimos dias.

"Eu tenho uma relação com os princípios morais e posicionamentos muito fortes. Trabalhei em Brasília por dois anos, tenho uma proximidade com a família Bolsonaro, deputados do PL, Jesso Lopes e Júlia e Daniel, uma proximidade grande de muito antes da política, ao Senador Jorge Seif com quem tenho uma relação de amizade, então não tenho dúvidas que meu partido é o PL", ressaltou decidido.

Bom, diferente de Acélio, Camatti já esteve no governo no PL e deixando claro que os projetos eram em torno deste partido. E por falar em cria do Acélio, Samuel Bucco, que era gerente de vigilância em saúde da secretaria em Criciúma, deixou o cargo com outras pessoas após a saída do então titular.

Se há um consenso em Balneário Rincão em relação ao sucessor de Jairo Custódio, seu atual vice Luiz Laurindo, a segunda vaga da majoritária já foi motivo de discussões que estão agitando os bastidores políticos do município caçula da Amrec. A vaga é do MDB e tudo começou com a troca polêmica da presidência. Fernando Luiz Cardoso teve uma saída nada amistosa após ter tido um cargo destituído do governo.

Nos bastidores, a motivação seria uma foto ao lado de pessoas ligadas ao PT. Ele saiu discretamente e segue como não participante do processo. Quem assumiu o lugar de Fernando foi o empresário Custódio Abílio da Silva, o Neném Abimar.

E quando chegou, Neném teve (e tem) a missão de definir um nome. O empresário Carlito Darolt disputa a posição de vice de Luizinho. A secretária de saúde Jucilene Fernandes e o vereador Luiz Carlos Pinto seguem na disputa. Várias reuniões já foram realizadas sem que os emedebistas conseguissem chegar a um consenso.Neném garante que não tem preferência por um dos três.

E há uma ansiedade pela resolução, apesar de um prazo esticado, porque a oposição está unida. A disputa é acirrada e alguns membros defendem o lançamento de uma pesquisa. Principalmente porque alguns seguem a tese de que Pico é o único com "histórico eleitoral" para participar do processo. Outros seguem a ideia de um nome jovem, com ideias novas. Carlito disputaria, por exemplo, com Juninho Venturini, possível vice de Jorge Mosquito (PP).

Bastou que Clésio Salvaro, Arleu da Silveira, Jorginho Mello, Ricardo Guidi e Acélio Casagrande se encontrassem no mesmo evento para a bomba explodir. Poderia usar o termo "faísca", mas os acontecimentos políticos de hoje em Criciúma mostraram que a campanha eleitoral reserva fortes emoções.

A "linha do tempo" do dia 26 de abril: Jorginho veio à Criciúma para cumprir agenda institucional, mas principalmente para oxigenar a campanha do pré-candidato Ricardo Guidi e o possível vice Acélio Casagrande. Clésio Salvaro, como bom anfitrião, até ocupou o mesmo espaço dos adversários, mas se recusou em cumprimentar Acélio Casagrande. Já sabia que a bomba estouraria a qualquer momento. Uma consequência da decisão recente de seu antigo secretário, que migrou para a oposição, conforme mais tarde confirmou Arleu.

Imagine Clésio Salvaro, que defendeu ferrenhamente o nome de Arleu da Silveira por mais de um ano, ter que retroceder e reconhecer que se mantivesse a decisão, até então questionada, seria derrotado. E precisou. As pesquisas internas, que já não mostravam um cenário favorável, acenderam o alerta. E no fim desta tarde, o que parecia impossível veio a tona: Vaguinho será o candidato e Arleu foi "rebaixado" a coordenador de campanha.

As falas polêmicas de Arleu

As nuances desta história vieram mais tarde, em uma entrevista concedida por Arleu da Silveira ao jornalista Eduardo Madeira, que fez a pergunta assertiva: - o que faltou para que teu nome colasse mais junto ao eleitor? Era o que Arleu precisava: "estávamos bem nas pesquisas, até a traição de Acélio Casagrande", disparou. E não bastou. "Acélio nos enganou e nos traiu. Eu sou de palavra, como ele tinha dado a dele. Sou honesto e cumpro a minha", alfinetou.

A outra fala de Arleu, esta para justificar a mudança, chamou a atenção. "O povo de Criciúma quer alguém que tenha conhecimento, e não um político".

Quando defendeu as obras realizadas na cidade, Arleu disse que Criciúma não pode retroceder. "Não podemos entregar essa cidade a um pangaré qualquer", disse, sem freios, tal qual o professor Clésio Salvaro. Arleu disse que a cidade não quer mais um político. Fechou disparando forte contra os adversários, sem freios.

A pergunta que fica agora é: Vaguinho terá a mesma postura? O que as pesquisas internas mostram sobre esse perfil polêmico que o paço assumiu até aqui. É esperar os próximos capítulos...