Bastou que Clésio Salvaro, Arleu da Silveira, Jorginho Mello, Ricardo Guidi e Acélio Casagrande se encontrassem no mesmo evento para a bomba explodir. Poderia usar o termo "faísca", mas os acontecimentos políticos de hoje em Criciúma mostraram que a campanha eleitoral reserva fortes emoções.
A "linha do tempo" do dia 26 de abril: Jorginho veio à Criciúma para cumprir agenda institucional, mas principalmente para oxigenar a campanha do pré-candidato Ricardo Guidi e o possível vice Acélio Casagrande. Clésio Salvaro, como bom anfitrião, até ocupou o mesmo espaço dos adversários, mas se recusou em cumprimentar Acélio Casagrande. Já sabia que a bomba estouraria a qualquer momento. Uma consequência da decisão recente de seu antigo secretário, que migrou para a oposição, conforme mais tarde confirmou Arleu.
Imagine Clésio Salvaro, que defendeu ferrenhamente o nome de Arleu da Silveira por mais de um ano, ter que retroceder e reconhecer que se mantivesse a decisão, até então questionada, seria derrotado. E precisou. As pesquisas internas, que já não mostravam um cenário favorável, acenderam o alerta. E no fim desta tarde, o que parecia impossível veio a tona: Vaguinho será o candidato e Arleu foi "rebaixado" a coordenador de campanha.
As falas polêmicas de Arleu
As nuances desta história vieram mais tarde, em uma entrevista concedida por Arleu da Silveira ao jornalista Eduardo Madeira, que fez a pergunta assertiva: - o que faltou para que teu nome colasse mais junto ao eleitor? Era o que Arleu precisava: "estávamos bem nas pesquisas, até a traição de Acélio Casagrande", disparou. E não bastou. "Acélio nos enganou e nos traiu. Eu sou de palavra, como ele tinha dado a dele. Sou honesto e cumpro a minha", alfinetou.
A outra fala de Arleu, esta para justificar a mudança, chamou a atenção. "O povo de Criciúma quer alguém que tenha conhecimento, e não um político".
Quando defendeu as obras realizadas na cidade, Arleu disse que Criciúma não pode retroceder. "Não podemos entregar essa cidade a um pangaré qualquer", disse, sem freios, tal qual o professor Clésio Salvaro. Arleu disse que a cidade não quer mais um político. Fechou disparando forte contra os adversários, sem freios.
A pergunta que fica agora é: Vaguinho terá a mesma postura? O que as pesquisas internas mostram sobre esse perfil polêmico que o paço assumiu até aqui. É esperar os próximos capítulos...
As últimas da política
"O Trás do de Trás" não é apenas mais uma análise superficial dos eventos políticos; é uma jornada profunda rumo ao cerne das questões. Desafiando as narrativas convencionais e desvendando os verdadeiros interesses por trás das manchetes, revelando os jogadores ocultos que moldam o curso da história.
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