É grave a situação do Hospital Nossa Senhora da Conceição de Tubarão. A direção foi enfática nesta semana: pode fechar as portas devido ao grave desequilíbrio econômico. O déficit de R$ 75,6 milhões, segundo a apontado, é consequência do contrato desatualizado junto ao Governo do Estado. O hospital não dá mais conta das demandas do SUS.
A gravidade em que a situação chega, inevitavelmente, lança a pergunta: onde estavam os representantes políticos da região que permitiram que a situação chegasse a esse ponto? Ora, temos três deputados. Um deles, diga-se de passagem, quer ser prefeito de Tubarão.
O mesmo deputado, Estêner Soratto, disparou uma nota na tarde desta quarta-feira (24). Um dos trechos chama a atenção: "Sem dúvida, trata-se de um valor significativo e merece a atenção de todas as autoridades, mas registro que até o presente momento não tinha conhecimento".
Não tinha conhecimento de uma demanda grave de uma das áreas mais sensíveis de um município sobre o qual o mesmo deputado quer ser prefeito. O mais preocupante é que o deputado é próximo do governador Jorginho Mello, foi secretário, inclusive. Estava todos os dias com o mesmo governador que a direção do hospital insistia constantemente em resolver a situação.
Até que a situação passou dos limites. O hospital pode fechar as portas. E o deputado, pré-candidato a prefeito, não sabia...
Mas, colocou-se à disposição para "uma reunião envolvendo todas as partes interessadas, incluindo entidades da sociedade civil organizada, poder público e a direção do hospital, para entender os números e buscar alternativas", disse ele na nota, após inúmeras tentativas da direção do hospital em fazer a mesma reunião.
O caso em Tubarão traz uma reflexão profunda para esta eleição. Enquanto os pré-candidatos se envolvem em retóricas ideológicas e fotos com Bolsonaro ou Lula, negligenciam o essencial: os problemas fundamentais da população. Se a saúde não for a prioridade de um governo, o que mais será deixado de lado em prol de interesses políticos?
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