Se você navega pelas redes sociais com certa frequência, é possível que já tenha esbarrado por aí na seguinte frase, atribuída a Albert Einstein: “a definição de insanidade é fazer a mesma coisa repetidamente e esperar resultados diferentes”
A citação, na verdade, não é de autoria do cientista alemão, e nem mesmo é a definição real de insanidade. Mas ela serve muito bem para definir o que é o São Paulo Futebol Clube dos últimos anos.
Ao fim de 2017, uma das piores temporadas recentes do tricolor paulista, o então presidente Leco (alvo da torcida pela gestão recheada de polêmicas e vazia de títulos), decidiu apontar como diretor de futebol o ex-jogador Raí. Sendo alguém do meio do futebol, ídolo da torcida e identificado com o clube, era uma aposta que fazia sentido.
Três anos, milhões de reais gastos e diversas contratações duvidosas depois, a "Era Raí" acabou. Martelo batido pelo atual mandatário Júlio Casares que, pasmem, sofre críticas pela ausência de grandes conquistas (um mísero Paulistão aí no meio, sejamos justos) e novamente, por polêmicas de gestão, como a recente alteração no estatuto do clube, que trouxe de volta a reeleição para presidente e diminuiu o número de conselheiros.
Mas e no futebol, quem foi a grande aposta de Casares para arrumar a casa? Muricy Ramalho, alguém do meio do futebol, ídolo da torcida, identificado, mas sem experiência para gerir um departamento de futebol. Alguma semelhança?
Quando o clube se viu diante da decisão de demitir Hernán Crespo após o pior início de um Campeonato Brasileiro na sua história, a resolução dos gestores foi de incumbir a Rogério Ceni a missão de salvar a equipe do rebaixamento. O mesmo Ceni que, no nem tão longínquo 2017, foi demitido do São Paulo com o time na amarga 17ª posição, zona de rebaixamento do Brasileirão.
Por pouco, mas o ex-goleiro cumpriu a missão. Com o planejamento para 2022 em mente, o São Paulo conseguiu, enfim, se desfazer de Pablo, uma das heranças de Raí que custou mais de R$ 26 milhões aos cofres do clube, chegando do recém campeão sul-americano Athletico Paranaense. Não demorou para os gestores irem novamente ao Paraná, dessa vez para depositar alguns bons milhões em Nikão. Com certeza um nome mais pesado, e que deve entregar mais em campo que Pablo, porém, novamente uma aposta cara até demais para um clube com diversos problemas financeiros como o São Paulo.
Falando de contratações, vale mencionar também os possantes Rafinha e Alisson, que chegam com o currículo carimbado pelo recente rebaixamento no Grêmio, e o recém especulado Bruno Viana, que não deixou saudade alguma no Flamengo, seu último clube por aqui.
E assim o tricolor vai esperando resultados diferentes.
Chute cruzado
Coordenador de esportes da Rádio Cidade Tubarão, apresentador do programa diário Central do Esporte e dos semanais Grande Área Debate e Grande Área Entrevista, co-host e produtor do Cidade a Caminho da Copa, colunista do portal SC Todo Dia, apaixonado por futebol, política e maradoniano devoto.
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