Filiado a dois partidos, com risco de concorrer "sub judice" e fama de traidor. É assim que começa o ex-secretário de Saúde Acélio Casagrande, na arrancada do anúncio: está no PL e será vice de Ricardo Guidi. Decisão tomada, mas o futuro reservado, só Deus sabe...
Vamos relembrar. Há um ano, Clésio Salvaro fez uma reunião e disse que o candidato seria Arleu da Silveira. Quem não concordasse com isso, teria a oportunidade de se retirar naquele momento. Acélio ficou (e concordou).
E vieram pesquisas internas que mostraram o então secretário com uma vantagem larga em relação ao candidato do paço. Começaram os assédios. Jorginho Mello, que já estava certo de que Ricardo Guidi seria o candidato em Criciúma, mirou em Casagrande. Mirou e acertou.
Mas antes, e bem antes disso, ele ponderou muito. Afinal, devia lealdade a Salvaro. E lealdade é importante na política. Antes de comunicar oficialmente que ficaria no PSDB, ratificando o acordo do partido com o governo, ele tratou de garantir uma ficha assinada no PL... e no Republicanos.
Ensaiou candidatura própria, conversou com advogados, especialistas... Se viu perdido. Foi então que, tão logo saiu do governo, momento em que foi alfinetado pelo prefeito e o vice, cravou que está no PL e será vice de Ricardo Guidi. Mas, será que o vice, até então dos sonhos, vai emplacar como gostaria?
Uma fonte muito próxima a Clésio Salvaro ouviu dele o seguinte: "Se Acélio acha que vai para o inferno quando morrer, o inferno dele será aqui". Está lançado o tom de uma das campanhas mais polêmicas de Criciúma.
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"O Trás do de Trás" não é apenas mais uma análise superficial dos eventos políticos; é uma jornada profunda rumo ao cerne das questões. Desafiando as narrativas convencionais e desvendando os verdadeiros interesses por trás das manchetes, revelando os jogadores ocultos que moldam o curso da história.
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