Hospital Nossa Senhora da Conceição segue aguardando reunião com o Governo do Estado
A possibilidade de fechamento dos principais serviços do Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC), de Tubarão, segue cada vez mais longe de uma solução. Enquanto serviços como Centro materno infantil, neurologia e emergência estão ameaçados, o Governo do Estado nem mesmo reconhece o déficit de mais de R$ 70 milhões anunciados pela direção.
Em entrevista exclusiva ao portal SCTodoDia, a secretária de Saúde do estado Carmem Zanotto afirmou que as operações do hospital serão mantidas, nem que para isso "seja preciso trocar a direção". Ela ressaltou a importância do hospital como instituição de referência regional em serviços de alta complexidade.
Por outro lado, a assessoria de imprensa do hospital reforçou a preocupação com o déficit financeiro, atribuindo à falta de atualização na tabela de remuneração do Sistema Único de Saúde (SUS)." Com a maioria dos pacientes atendidos pelo SUS, o hospital enfrenta dificuldades financeiras devido à discrepância entre custos e receitas", escreveu a assessoria.
Mas a discordância está justamente na questão das metas de procedimentos. Enquanto Zanotto mencionou a participação do hospital no programa de valorização, a direção argumentou que o não cumprimento das metas resulta na ausência de repasses financeiros. Além disso, salientaram que a nova política estadual tende a priorizar procedimentos de média e baixa complexidade, deixando hospitais de alta complexidade em desvantagem.
A equipe do hospital também enfatiza que a falta de atualização na tabela do SUS compromete diretamente a sustentabilidade desses serviços. Mas a secretária nega.
"Sobre esse possivel déficit do hospital, eu gostaria de conhecer a conta. Porque está sendo dito que o hospital tem uma conta. Ele até pode projetar o que tem pela frente, mas inclusive ano passado fizemos um aporte de R$ 14 milhoes para esse hospital antes da política. se a instituação não tem condições de tocar nós somos obrigados a providenciar outra", ameaça.
Segundo Zanotto, a decisão não cabe ao atual diretor, cabe a instituição que administra o hospital e que tem sede em São Paulo.
Além disso, a questão da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) também foi abordada. Zanotto mencionou a necessidade de abrir uma UPA em Tubarão, afirmando que 70% dos pacientes que procuram o hospital deveriam ser atendidos em uma porta de entrada para atendimentos menos graves.
Confira o trecho da entrevista em que a secretária comenta sobre o HNSC:
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