Em busca de gestações e nascimentos mais humanizados, evento reuniu especialistas e famílias em parques nacionais neste domingo
A Marcha Nacional pelo Parto Humanizado ocorreu ontem, abrangendo 20 cidades do Brasil, incluindo uma grande reunião no Parque de Coqueiros, em Florianópolis. O evento atraiu gestantes, famílias, médicos e especialistas em maternidade, todos advogando por um nascimento mais humanizado.
A médica obstetra Maristela Sens, uma das organizadoras da marcha, destacou a importância de promover alternativas ao modelo hospitalar tradicional. Segundo ela, a marcha visa afirmar o direito das mulheres de escolher como e onde desejam dar à luz, com acesso a práticas de parto que respeitam suas decisões e necessidades. Maristela aponta que as evidências científicas suportam a segurança e a eficácia de modelos alternativos de parto, como o domiciliar, os quais são tão seguros quanto os hospitalares.
Além de promover a conscientização sobre diferentes métodos de parto, o evento também serviu como plataforma para compartilhar experiências pessoais e profissionais. Gabriela Valerim, enfermeira obstetra com oito anos de experiência em partos domiciliares, explicou o processo detalhado de acompanhamento da gestante, desde o pré-natal até o nascimento, ressaltando a segurança e as vantagens deste método, incluindo a redução de intervenções médicas desnecessárias e uma maior satisfação das famílias envolvidas.
A organização Rede pela Humanização do Parto e Nascimento (Rehuna) também teve destaque no evento, reiterando seu compromisso desde 1993 em promover práticas que respeitem a fisiologia do parto e a autonomia da mulher. A marcha, portanto, não apenas celebra a vida nova, mas também reafirma a importância de um acompanhamento respeitoso e qualificado durante a gestação e o parto.