Prefeitos de Santa Tereza e Bento Gonçalves pedem evacuação das áreas de risco à população
Parcialmente rompida, a barragem 14 de Julho, localizada entre Cotiporã e Bento Gonçalves, na Serra do Rio Grande do Sul, caso seja rompida totalmente, poderá causar uma catástrofe regional no Rio Grande do Sul. Isso porque são aproximadamente 20 mil pessoas nas proximidades da barragem. A prefeita de Santa Tereza clamou que a população que está em área de risco vá para municípios vizinhos.
"Tem tempo ainda para se deslocarem para municípios vizinhos. Lembrando que não temos acesso pela RS-444", diz a prefeita Gisele Caumo. Ela ressalta que esse é um dos episódios mais tristes da história de Santa Tereza.
Já o prefeito de Bento Gonlaçves, Diego Segabinazzi conta que com o colapso da barragem, a orientação é que as pessoas saiam o mais rápido possível do local. A previsão é de que o nível do rio suba de 2 a 4 metros. " Nas próximas horas, municípios mais abaixo no Taquari, margem do Rio das Antas e Rio Taquari", lembra Segabinazzi.
Daltro Moraes morou por 17 anos em Bento Gonçalves, ainda tem casa alugada lá e conhece o local como poucos. Segundo ele, em entrevista ao portal SCTodoDia, o tamanho e a profundidade do lago formado pela barragem é capaz de afetar, em caso de um rompimento, Santa Tereza, Muçum, Encantado, Roca Sales, Arroio do Meio e Lajeado.
Ele expressa preocupação com a possibilidade de uma catástrofe devido ao aumento do nível da água, especialmente considerando que algumas áreas já estão sem comunicação, energia elétrica e internet. Além disso, menciona que uma família de amigos mora às margens do lago formado pela barragem.
"Se formou um lago de 15 km de comprimento entre 1.200 a 1.500 metros de largura e os pontos mais fundos 30 metros de altura. Isso em dias normais", conta Moraes.