Domingo, 19 de maio de 2024

COLUNISTAS

Katiane Vieira

Redefinindo a força feminina: entre a resiliência e a vulnerabilidade 

06/03/2024 10h53 | Por: Katiane Vieira

No próximo dia 8 de março estaremos comemorando o Dia Internacional da Mulher, e como hoje é dia de coluna, desejo abrir um diálogo diferente. 
Em um mundo onde a força é frequentemente medida pela capacidade de permanecer inabalável diante das adversidades, o Dia Internacional da Mulher nos convida a refletir sobre a essência da verdadeira força feminina. Não pretendo reiterar as conhecidas conquistas e lutas enfrentadas por nós mulheres, mas sim explorar uma dimensão mais profunda e pessoal da nossa força. Quero falar sobre a dualidade entre a resiliência e a permissão para ser vulnerável, um território muitas vezes inexplorado na nossa jornada de autodescoberta. 

A sociedade tende a pintar o retrato da mulher como um pilar de força inquebrável, uma guerreira que não conhece o cansaço ou o desânimo. No entanto, essa visão unidimensional negligência a rica tapeçaria de sentimentos e experiências que definem a feminilidade. A verdadeira força, argumento eu, reside não apenas na resiliência, mas também na coragem de ser vulnerável. No dia de hoje, quero desmistificar a ideia de que ser forte significa estar sempre certa ou nunca cair. 

A Dicotomia da Força 

Historicamente, fomos ensinadas a valorizar a força como uma ausência de fraqueza, uma muralha que nos separa das nossas inseguranças. Mas, será que essa definição não está ultrapassada? Ser forte não deveria ser sinônimo de impenetrabilidade, mas sim de reconhecer quando e como expressar nossas emoções, medos e dúvidas. A verdadeira força emerge da nossa capacidade de enfrentar a vulnerabilidade, de aceitá-la como uma parte integral e não uma antítese da nossa essência. 

A Beleza da Vulnerabilidade 

Redefinir a força feminina exige que abracemos nossa vulnerabilidade como um ativo, não como uma falha. A vulnerabilidade é a porta para a empatia, a compreensão profunda e, acima de tudo, a conexão humana. É um convite para sermos genuínas, para derrubarmos as barreiras que nos impedem de ser plenamente humanas. Permitir-se ser vulnerável é, paradoxalmente, um dos atos mais corajosos. 

Equilíbrio e Autenticidade 

Encontrar o equilíbrio entre ser forte e vulnerável é uma jornada de constante autoconhecimento e aceitação. Não se trata de escolher um lado, mas de harmonizar os dois, permitindo-nos viver com mais autenticidade. A autenticidade nos liberta da necessidade de provar nossa força a todo momento e nos permite viver de acordo com nossos valores mais profundos. 

Convite à Reflexão 

Neste Dia Internacional da Mulher, convido cada uma de vocês a refletir sobre o que significa ser forte. Que possamos redefinir a força feminina não como uma armadura impenetrável, mas como um equilíbrio saudável entre resiliência e vulnerabilidade. Que a aceitação de nossa vulnerabilidade se torne nossa maior força, permitindo-nos construir relações mais autênticas e significativas, tanto com os outros quanto conosco mesmas. 

 

Katiane Vieira

Desenvolvimento 360º

Escritora, treinadora e palestrante com foco em mudança de comportamento. Graduada em marketing, mestre em gestão de negócios e gestão de pessoas, várias formações e especializações em ciência do comportamento como: psicologia positiva, mindfulness, liderança, autoconhecimento, inteligência emocional, programação neurolinguística (PNL), coaching e neurociência do comportamento. Autora de vários livros sobre desenvolvimento humano e fundadora do Método E.C - Expansão da Consciência.

Opiniões do colunista não representam necessariamente o portal SCTODODIA.com.br

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