Entenda como o Plano Real combateu a hiperinflação de 2.477% e estabilizou a economia brasileira
Nesta segunda-feira, 1º de julho, o Plano Real completa 30 anos, marcando uma virada histórica na economia brasileira ao controlar a hiperinflação que atingia níveis alarmantes no início da década de 1990.
Em 1993, o Brasil enfrentava uma inflação anual de 2.477,15%, conforme o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Este cenário caótico levou à criação do Plano Real, implementado durante o governo de Itamar Franco. O plano foi lançado em três fases, para estabilizar a economia e trazer confiança ao mercado.
A primeira fase do Plano Real começou com o Programa de Ação Imediata (PAI), que reorganizou os orçamentos ministeriais, revisou repasses institucionais e reforçou a fiscalização contra irregularidades financeiras. Em seguida, em 1994, foi criada a Unidade Real de Valor (URV), uma moeda virtual usada para contratos e operações financeiras, para a introdução do real em julho do mesmo ano.
A inflação, que estava em 47,43% em junho de 1994, caiu para 6,84% em julho, conforme o IPCA. Essa mudança marcou a economia no Brasil, consolidando o Plano Real como um dos principais marcos na história financeira do país.
Para os brasileiros, a estabilização da moeda significou a possibilidade de planejar o futuro sem a sombra da inflação galopante. A adoção de novas tecnologias, como a leitura de código de barras, e a necessidade de acompanhar de perto as movimentações econômicas, tornaram-se parte do cotidiano, enquanto o governo implementou medidas rigorosas para manter a estabilidade.
Em resumo, o Plano Real controlou a inflação e trouxe previsibilidade para a economia brasileira, cujos efeitos positivos são sentidos até hoje.