Docentes reivindicam melhorias salariais, novo concurso e mais investimentos, com adesão significativa em várias cidades do estado paralisação entra no 2º dia
Em Santa Catarina, após assembleia realizada no dia 4 de abril, em Florianópolis, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina (Sinte) decidiu pelo início de estado de greve da categoria a partir do desta terça-feira, 23 de abril, na rede estadual de ensino. As principais reivindicações incluem reajuste salarial, a realização de um novo concurso público, a garantia da hora-atividade para preparação de aulas, descompactação da tabela salarial, e o fim do desconto de 14% sobre os aposentados.
As mobilizações ocorrem simultaneamente em várias cidades. Em Florianópolis, as atividades se concentram no Instituto Estadual de Educação (IEE), onde professores distribuem panfletos e exibem cartazes em ambos os acessos da maior escola estadual de Santa Catarina. Já em Criciúma a mobilização foi em frente ao Cedup Abilio Paulo, onde cerca de 60 profissionais se reuniram. Em Blumenau, os docentes se reúnem no centro da cidade, na Rua XV. Em Joinville, 70% dos docentes participaram da paralisação nesta terça-feira. A adesão à greve chega a 30% dos professores segundo estimativas do Sinte.
A Secretaria de Estado de Educação (SED) continua avaliando os impactos da greve, que já atingiu 58 escolas estaduais. Por sua parte, a Secretaria de Estado da Administração (SEA) destacou em nota que mantém um diálogo constante com a categoria. As medidas recentes incluem o maior concurso da história da SED para contratação de 10 mil novos servidores, aumento do vale-alimentação e a eliminação escalonada do desconto previdenciário para aposentados. O secretário de Administração, Vânio Boing, ressaltou que tais ações são um esforço para valorizar os profissionais, mas reconheceu a complexidade financeira de atender todas as demandas imediatamente.
A greve ainda não tem previsão de término. Em entrevista com Carolina Puerto, diretora do Site, os atos continuarão como previsto na assembleia realizada no início do mês. O intuito é negociar com o governo soluções que atendam às necessidades dos profissionais da educação.
As principais reivindicações são:
Confira o vídeo de como foi a manifestação na Capital: https://www.instagram.com/reel/C6G24YDunCo/?igsh=MTU3aWc4MnBjejJyZQ==