As formigas são, possivelmente, o inseto mais carismático que conhecemos. Retratadas pelo cinema, em papéis lúdicos e, até engraçados, elas estão na maioria dos lares e estabelecimentos urbanos do país. Por vezes, até despertam a curiosidade daqueles que gostam de acompanhar suas trilhas em busca de comida e de volta para sua “casa”. Ainda que não sejam os principais vetores de doenças, alguns cuidados precisam ser tomados.

Especialista em insetos, o biólogo João Luis Rosado explica que as formigas não vetores de doenças, mas podem trazer algumas contaminações “Assim como outros insetos ou como baratas, elas transitam por diversos ambientes e em áreas com lixo e sujeira. Elas podem carregar bactérias, fungos e outros microorganismos  e acabam sendo um risco potencial de contaminação em hospitais, ou ambientes com pessoas passando por tratamento de saúde” explica o profissional que ainda enfatiza outro risco. “Nas residências, elas podem contaminar alimentos os quais elas entram em contato”.

Estima-se que existam cerca de 18 mil espécies de formigas no mundo e, apenas 10 mil estejam registradas e catalogadas. “É um grupo hiper diverso. E cada espécie tem sua organização e suas peculiaridades”, explica o biólogo.

Quem quiser se afastar das formigas, pode seguir algumas orientações simples. “Evitar totalmente é uma tarefa difícil, mas a primeira coisa que a gente tem que cuidar é com as frestas nas aberturas das casas. Principalmente para evitar a entrada de outros animais como aranhas e baratas. Com as formigas isso é mais difícil porque como elas têm um tamanho relativamente pequeno e facilidade de acesso, né”. Além disto, o especialista reforça que estes animais são atraídos por restos de alimentos de qualquer espécie e são atraídos para ambientes com oferta facilitada à comida.