A Organização das Nações Unidas (ONU), instituiu o dia 2 de abril como a data internacional para a conscientização sobre o autismo e promover campanhas de inclusão de autistas na sociedade. De acordo com os dados da USP, o Brasil tem cerca 2 milhões de pessoas com diagnóstico de espectro autista. Em uma estimativa levantada pela Organização Mundial de Saúde, uma em cada 160 crianças nasce autista. O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição que dificulta, principalmente, a interação social de seus portadores e, por isso, enfrentam o desafio de viver em uma sociedade que ainda não é inclusiva. 

“O Transtorno do Espectro Autista é uma condição que se caracteriza por um atraso no desenvolvimento da fala e na linguagem, dificuldades na comunicação e na interação social e a presença de um conjunto de repertório de comportamentos, interesses restritos e repetitivos. O diagnóstico é predominantemente clínico e não temos exames capazes de fazer o diagnóstico”, explica o neuropediatra Jaime Lin.

Ainda que não exista uma cura para o TEA, a comunidade médica segue investindo em pesquisas que possam melhorar a condição de vida dos portadores e a ciência tem progredido nesta área. “Esses avanços giram em torno de uma tentativa de se conseguir um diagnóstico cada vez mais precoce. Cada vez mais se tem buscado através de novas tecnologias e de novas formas que nos permitam conseguir identificar os sinais e sintomas de transtorno do espectro autista o mais precocemente possível”, salienta Lin.

Em caso se surgimento de características que possam ser confundidas com autismo, um profissional da saúde seja consultado “Independente da pessoa ter um diagnóstico, frente a qualquer sinal ou sintoma de atraso no neurodesenvolvimento, os pais já procurem um acompanhamento terapêutico interdisciplinar, porque quanto mais cedo se inicia o tratamento, melhor o prognóstico”, salienta o médico.