Por mais que a prévia do número de habitantes por município já tenha sido divulgada, o Censo Demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) continua sendo feito - mas sob dificuldades. Em Criciúma, por exemplo, um condomínio inteiro se recusou a responder a pesquisa.

“Temos um condomínio todo que não permitiu a nossa entrada. Estamos lutando para convencer [os moradores], mas não foi permitido”, comentou o coordenador do Censo do IBGE na Região Carbonífera (Amrec), Gilmar da Silva Coelho.

Segundo Gilmar, os moradores do condomínio alegaram que o local se tratava de uma área particular e que, portanto, os recenseadores não poderiam entrar para fazer as entrevistas. Na visão do coordenador do Censo, essas justificativas são infundadas. 

Criciúma, no entanto, não foi o único município onde a equipe de recenseadores do IBGE passou por problemas. Gilmar afirma que, em um condomínio específico, os moradores chegaram a convocar uma assembleia para discutir a entrada ou não dos entrevistadores. Por fim, a entrada foi “permitida”.

Apesar de estar sendo “comum”, a recusa de moradores a responder o IBGE pode resultar em punições. Segundo a Lei nº 5.534, de 14 de novembro de 1968, “Toda pessoa natural ou jurídica de direito público ou de direito privado que esteja sob a jurisdição da lei brasileira é obrigada a prestar as informações solicitadas pela Fundação IBGE para a execução do Plano Nacional de Estatística”. 

De acordo com a legislação, a multa para quem se recusar a responder o censo é de “até 10 vezes o maior salário mínimo vigente no país”, e de “até o dobro desse limite, quando reincidente”.