O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) buscou refúgio na Embaixada da Hungria em Brasília durante dois dias consecutivos em fevereiro, após ter seu passaporte apreendido pela Polícia Federal brasileira. O episódio, que aconteceu especificamente entre os dias 12 e 14 de fevereiro, levantou questões diplomáticas entre os dois países, com o Itamaraty convocando, nesta segunda-feira (25) explicações sobre a natureza da acolhida. 

As justificativas apresentadas por Halmai durante uma reunião de 20 minutos com a secretária de Europa e América do Norte do Itamaraty, embaixadora Maria Luisa Escorel, foram consideradas insuficientes pelo governo brasileiro. A estadia ocorreu sob o convite do embaixador húngaro no Brasil, Miklós Halmai, indicando uma cooperação estreita entre Bolsonaro e o governo do presidente húngaro, Victor Orban. 

O encontro reforçou a percepção de um alinhamento entre as explicações do embaixador e a defesa de Bolsonaro, sugerindo um "jogo combinado". A defesa do ex-presidente confirmou a estadia, alegando que foi uma oportunidade para atualizar cenários políticos entre as duas nações. A Polícia Federal do Brasil anunciou que investigará as circunstâncias dessa visita, enquanto especialistas discutem a possibilidade de Bolsonaro ter buscado asilo político. 

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