O vereador de Criciúma, Manoel Rozeng, desabafou contra a inércia do Executivo municipal no cumprimento de leis aprovadas. Segundo ele, várias políticas importantes, incluindo a Semana Municipal sobre Drogas e Redução de Danos, estão sendo negligenciadas pela administração do prefeito Clésio Salvaro.

Em entrevista à Rádio Cidade, o vereador deixou clara a frustração com a falta de ação do Executivo. "Vários projetos que criamos estão sendo ignorados, e as respostas que recebemos são absurdas", declarou . Ele mencionou especificamente a Semana Municipal sobre Drogas e Redução de Danos, uma iniciativa que deveria envolver ações educativas e preventivas, mas que até agora só existe no papel.

O parlamentar lembrou da importância de cumprir a Lei Orgânica do município. Ele alertou que o descumprimento dessas leis pode levar a acusações de improbidade administrativa contra o prefeito. "Lei tem que ser cumprida e gestor público tem que dar o exemplo", disparou.

Entre as políticas de prevenção aprovadas e ignoradas, Rozeng citou um programa anti-drogas criado em 2014. O programa, que começou com sucesso distribuindo cartilhas e realizando atividades nas escolas, foi paralisado. "Nos primeiros quatro anos, distribuímos cartilhas para todos os alunos com um custo de 80 mil reais. O programa deveria ter melhorado, mas está parado", lamentou.

Rozeng também criticou a falta de ação dos órgãos responsáveis pela educação e saúde. "Eu imaginava que esses órgãos realizassem alguma ação durante a Semana Municipal sobre Drogas e Redução de Danos, mas nada aconteceu. Isso me decepcionou profundamente", afirmou.

O vereador destacou ainda o impacto negativo dessa negligência na economia de Criciúma. "Investir na prevenção e nas políticas públicas de saúde mental e drogas resultaria em uma cidade mais produtiva e crianças mais saudáveis", argumentou. Ele também mencionou que a resistência em implementar essas políticas está prejudicando a qualificação da mão de obra na cidade.

Rozeng está decidido a continuar buscando com que as leis sejam cumpridas. "Estou guardando todas as respostas absurdas que eles me mandam. Não tenho tolerância para isso. Se necessário, levarei essa questão até o fim para garantir que as políticas públicas sejam implementadas", concluiu.