No ano passado foi registrado um aumento da infecção e as gestantes representam mais da metade dos casos contraídos.
O Ministério da Saúde (MS) lançou nesta quarta-feira (14) mais uma edição da Campanha Nacional de Combate à Sífilis. Com o terceiro sábado do mês de outubro, neste ano dia 16, sendo destinado ao Dia Nacional de Combate à Sífilis, a campanha tem por objetivo reunir ações que promovam o diagnóstico precoce e fortaleça o tratamento de pacientes com a doença.
A Sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) que acomete principalmente as gestantes. Nas grávidas, a doença pode ser transmitida para o bebê durante a gestação e podendo causar aborto espontâneo, parto prematuro, malformação do feto, surdez, cegueira, deficiência mental e até mesmo a morte do recém-nascido.
Já nos adultos, a IST pode desencadear feridas nos órgãos genitais, ínguas, manchas e lesões na pele e também pode levar à morte. É por isso que s datas, com o lançamento da campanha, chama a atenção da população para a prevenção, testagem e tratamento. Durante a gestação, é indicado que o teste seja realizado no pré-natal em, pelo menos, três momentos, no primeiro e terceiro trimestres da gestação, no parto ou em casos de aborto. Além disso o parceiro da gestante também deve ser testado.
Casais que estejam planejando ter filhos também devem realizar o teste, antes mesmo da gestação. Caso a infecção seja detectada, o tratamento deve ser iniciado imediatamente para evitar a transmissão da sífilis para o bebê. Apesar dos testes e tratamentos, é essencial que, para prevenir a doença, os parceiros sexuais usem camisinha em todas as relações.
A gerente de IST da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE) de Santa Catarina, a médica infectologista Regina Valim, explica que a Sífilis tem cura e o diagnóstico pode ser feito por meio de teste rápido. “O teste para detecção da Sífilis está disponível gratuitamente nos serviços de saúde de todo o estado. Ele é feito com uma gota de sangue tirada da ponta do dedo e o resultado sai em até, no máximo, 30 minutos”, esclarece a médica.
No Brasil, em 2020 foram registradas 115,3 mil pessoas que contraíram a doença, dentre elas, 61,4 mil eram gestantes e 22 mil crianças. Os estados do Sul e Sudeste foram os que marcaram maior incidência da doença. Santa Catarina está entre as unidades da Federação com maiores índices da taxa por 100 mil habitantes, em um período entre 2010 e 2020.