A situação sociopolítica mundial atualmente está defasada devido aos conflitos entre Rússia e Ucrânia. No entanto, com as sanções impostas aos russos e com o isolamento comercial levantam-se muitas hipóteses sobre os desdobramentos políticos do país, uma vez que Putin se mostra autocrático em suas atitudes.

“Quando falamos de regime totalitário, nós temos que fazer minimamente uma retomada histórica para entender um pouco do que foi esse período. Foi um regime político datado, do momento que antecedeu a Segunda Guerra Mundial, que contou com alguns movimentos no período da Primeira Guerra. Nos anos 30 e 40, foram criadas duas demonstrações de regime totalitário, o Fascismo de Mussolini e o Nazismo de Hitler, assim como a solidificação do Stalinismo na União Soviética, anos antes”, reforça o doutorando em Sociologia e Ciência Política e colaborador do Núcleo de Estudos do Pensamento Político, Artur Mazzucco Fabro.

O totalitarismo é marcado pela presença de um estado total, que interfere na vida das pessoas, tanto privada quanto pública, além de obter características como um único partido político, um culto à personalidade, muito elevado em relação ao líder e perseguições políticas. Além disso, o líder tem um controle muito grande sobre os aspectos do governo, dos poderes, executivo, judiciário e legislativo. Há uma vigilância em massa feita à população, controle da economia, censura, a ausência de democracia e consequentemente repreensão.

A diferença dos dois períodos, atual e da Guerra, é que tanto Alemanha quanto Itália, vieram de sanções rígidas e estavam economicamente debilitadas, por isso, plantaram a semente do totalitarismo através do orgulho ferido e da importância do estado na recuperação de um país. Neste paralelo, Putin controla com mãos de ferro tanto o sistema político, econômico, questões das eleições, transparência e por estar em seu quarto mandato presidencial, em um regime autocrata que assusta pela similaridade ao totalitarismo.