O número de cidades catarinenses com casos confirmados de Febre do Oropouche chegou a três, todas localizadas no Vale do Itajaí. Botuverá, Brusque e Luiz Alves enfrentam a doença transmitida pelo mosquito maruim, sendo que Luiz Alves declarou emergência devido à infestação. Os testes foram validados pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) do governo do Estado.

Até agora, 10 pessoas foram infectadas: cinco em Botuverá, quatro em Brusque e uma em Luiz Alves. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, ações serão realizadas para coletar dados importantes sobre os casos suspeitos e confirmados, como deslocamento dos moradores, sintomas e quadro clínico. Mosquitos serão coletados para análise, e amostras de outros pacientes serão testadas no Lacen para monitorar a doença, que apresenta sintomas semelhantes aos da dengue e chikungunya, como dores de cabeça, musculares e nas articulações, além de náuseas e diarreia.

A Febre do Oropouche é transmitida principalmente pelo mosquito maruim, que se prolifera em regiões úmidas com matéria orgânica. O vírus pode ser transmitido a outros indivíduos através da picada. Outros mosquitos, como o Aedes serratus e o Culex quinquefasciatus, também podem atuar como vetores nas áreas urbanas. O período de incubação varia entre três e oito dias após a infecção, com os sintomas durando de dois dias a uma semana. 

Para prevenir a doença, a população deve manter terrenos limpos, usar roupas compridas e repelentes. Segundo dados do Ministério da Saúde, houve um aumento expressivo de casos da Febre do Oropouche no Norte do Brasil em comparação a 2023, e agora Santa Catarina registra casos autóctones, ou seja, contraídos no próprio Estado.