Das 60 pessoas eleitas para cargos políticos nas eleições estaduais de 2018, apenas três se declararam negras em Santa Catarina, segundo dados oficiais do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Desse número, um é o deputado federal Hélio Costa, único que se declara preto. Os outros dois se declaram como pardos, categoria somada junto a de negros pelo TSE.

O deputado estadual Júlio Garcia, informou por meio da assessoria que se reconhece como branco "e é isso que consta nos documentos dele". A inscrição teria ocorrido por "erro do partido".

O deputado Hélio Costa também informou que se reconhece branco, e que foi cadastrado errado. "O partido errou o registro lá atrás, quando era do Republicanos. Hoje ele está no PSD, mas foi erro de cadastro, disse a assessoria. O outro, é o senador Jorginho Mello, único que se identifica e reconhece como pardo. "A inscrição está correta", disse a assessoria.

Dados do TSE mostram que a parcela de negros e pardos representou apenas 5% dos eleitos em Santa Catarina em 2018. O presidente estadual do movimento negro Novo Impulso, Paulo César Lopes, participou do programa Em Dia Com a Cidade desta terça-feira (05) enfatizou os principais motivos para esses números e estimulou as candidaturas de negros para os cargos políticos.

“Alguns fatores contribuem para que esses números não aumentem, tais como, o racismo estrutural e a desigualdade econômica racial, pois as pessoas negras, em sua maioria, estão nas comunidades e periferias. Outro ponto a destacar é que os partidos não dão esta representatividade ao povo preto”, ressaltou.