Domingo, 28 de abril de 2024
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Salário mínimo ideal para uma família seria cinco vezes maior do que o atual, aponta Dieese

Cálculo do Dieese aponta que salário para satisfazer necessidades básicas de um trabalhador e sua família seria de R$ 6.306

Criciúma - SC , 08/10/2022 12h52 | Por: Redação
Foto: Reprodução

Para o mês de setembro, o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) calculou que o salário mínimo para satisfazer necessidades básicas de um trabalhador e sua família deveria ser R$ 6.306, cinco vezes acima ao salário mínimo atual, de R$ 1.212.

O valor calculado pelo Dieese deveria suprir alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência. O geógrafo e ex-professor do Dieese Nacional, Milton Pomar, fala mais sobre o tema.

“Todo mês o Dieese faz uma pesquisa em várias capitais para ver quanto que está custando a cesta básica, que é o que você consegue comprar de alimentos para uma família sobreviver no mês. A partir do cálculo do custo da cesta básica, é calculado todo o restante. É muito chocante quando a gente vê um valor que chega pela lei que está em vigor e compara com o valor do salário mínimo que deveria ser na real”. comentou.

Milton destaca que ao longo do tempo, esses valores variavam, com o valor do salário mínimo oficial chegando até 40% do valor calculado pelo Dieese, enquanto agora, esse salário não chega a 20%. Ele destaca que o salário mínimo calculado pelo departamento leva em consideração uma família com quatro pessoas.

 

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“Se você pegar R$ 1,2 mil e dividir por quatro, dá R$ 300 por mês, ou seja, você vai ter R$ 10 por dia, por pessoa, para tudo que uma pessoa precisa para sobreviver, comer, pagar aluguel, pegar ônibus. Então já vemos de cara que o salário mínimo oficial não dá para nada”, apontou.

O geógrafo ressalta a importância do cálculo mensal realizado pelo Dieese a respeito do salário mínimo, porque ele estabelece um parâmetro atualizado mensalmente relacionado ao custo de vida nas capitais. Ele comenta que o reajuste real permite maior crescimento econômico.

“O aumento real do salário mínimo movimenta a economia, dinamiza a economia. As pessoas têm aumento do poder aquisitivo e começam a comprar outras coisas, não apenas sobreviver. Estamos falando aí de milhões de pessoas no Brasil, mais de R$ 50 milhões de pessoas que se houvesse um aumento real do salário mínimo passariam a consumir mais”, afirmou.

O ex-professor da Dieese argumenta ainda que o Brasil discute migalhas e que, se o país quiser progredir economicamente, deve pensar em uma política pública de valorização do salário-mínimo.

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