Após mais de 33 horas de liberação parcial de meia-pista no trecho do Morro dos Cavalos, em Palhoça, na Grande Florianópolis, o trânsito ainda é intenso. A última atualização da Polícia Rodoviária Federal (PRF), no sentido sul (Porto Alegre), não há filas. Enquanto isso, no sentido Norte (Curitiba) existe trânsito no km-268, com um congestionamento de cerca de 35 km.

Com todo o trecho ainda de tráfego pesado, motoristas tem buscado rotas alternativas para fugir da BR-101 e evitar a passagem pela região afetada. Um dos trechos que está sendo utilizado é o da SC-435, que liga São Martinho e São Bonifácio à BR-282. Ainda que seja uma alternativa, a rota não é aprovada por quem transita por ela. "Olha, não tem como chamar isso de rodovia. Isso aqui é um caminho de roça", relata um dos motoristas. "É bem difícil porque é muita lama. Quem vem de moto pra cá às vezes tem medo de passar por conta do risco", afirma um motoqueiro. "Sem condições, sem condições mesmo", declara outro motorista que diz que a espera por pavimentação é uma demanda antiga e dura cerca de 20 ou 30 anos. 

Segundo o prefeito de São Bonifácio, Laurino Peters, a situação é insustentável e decepciona a comunidade local. "Quando dá o sol as comunidades na beira da rodovia sofrem muito com a poeira. É uma necessidade hoje também para integrar a região sul do estado com a Grande Florianópolis. No dia a dia ela está sendo usada para o transporte escolar, saúde e para a indústria. As indústrias estão querendo ir embora".

A Vice-Presidência das regionais Grande Florianópolis, Sul e Extremo-Sul da Facisc - Federação das associações empresariais de Santa Catarina - devem se reunir nesta quinta-feira (18), para debater sobre a pavimentação da rodovia SC-435 entre São Martinho e São Bonifácio, e SC-108, que compreende o trecho entre Santa Rosa de Lima e Anitápolis, além da busca por medidas preventivas para evitar futuras quedas de barreiras na BR-101, no Trecho do Morro dos cavalos.