Segunda-feira, 20 de maio de 2024
Economia

Carvão transportado por carro de boi? 

Saiba como se desenvolveu a indústria do carvão na região

Criciúma, 09/05/2024 18h49 | Por: Érik Borges | Fonte: Informações Câmara Criciúma
Foto: Divulgação Siecesc
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Você sabe como era transportado o carvão na região, no início do século 20? Já em 1915, esse foi o segmento que movimentou toda a população e região. O primeiro ciclo delimitou a área da cidade, estabelecendo uma noção entre o meio rural e o urbano.

Houve três novos fatores que vieram impulsionar o crescimento da cidade:

- Em 1915, o início da exploração do carvão de pedra;

- Na década de 1920-1930, a construção da estrada de ferro Dona Tereza Cristina;

- Em 1925, emancipação do município, possuindo, nesta data, uma população estimada em 8.500 habitantes.

Aproximadamente no ano de 1828, já eram conhecidos os afloramentos de jazidas carboníferas no Tubarão, nas proximidades da bifurcação deste rio com os de Passa Dois e Bonito. Em Criciúma a descoberta do carvão foi pelo Sr. Giácomo Sonego, em suas terras, já no ano de 1904, sendo usado em ferrarias da localidade para aquecer fornos.

Transporte do carvão

O transporte do carvão era realizado por carros de boi, o que encarecia e dificultava a rota. Somente em 1917, foram iniciados os trabalhos, em Tubarão, da construção da Estrada de Ferro Dona Tereza Cristina, impulsionando o crescimento da exploração do carvão.

No ano de 1915, é aberta a primeira mina de carvão da então "Cresciúma", localizada no bairro Pio Correa, atualmente a Mina Modelo, sendo retiradas 400 sacas de carvão para análise. Obtendo resultado de um ótimo carvão, iniciou-se sua extração, abrindo novas minas, sendo que em 1919 saem os primeiros vagões carregados de carvão de Criciúma até a cidade de Laguna.

A linha tronco da estrada de ferro em Criciúma cortava a cidade na direção leste-oeste, indo da região do Bairro Próspera até a estação de Sangão e daí dirigindo-se a Araranguá. Na década de 1940 foi construído o ramal de Treviso que ligava a linha-tronco, partindo de Pinheirinho até Siderópolis e Treviso. Nessa mesma época foram construídos os sub-ramais de Mina União e de Mina do Mato, que partiam do ramal de Treviso e iam buscar o carvão produzido nessas localidades.

Apesar do principal objetivo da construção da ferrovia fosse o transporte do carvão, em 1923 foi iniciado o transporte de passageiros para Criciúma, sendo construídas três estações de passageiros: no Centro e no bairro Sangão, construídas em 1919 e 1921, respectivamente, e no bairro Pinheirinho, em 1943.

O desenvolvimento era acentuado e um novo fato veio aumentar ainda mais o crescimento da população com a grande circulação das riquezas municipais: foi a segunda guerra mundial, em 1945.

O consumo do carvão de pedra cresceu, então a indústria carbonífera tornou-se a principal economia regional. Famílias inteiras deixavam os municípios vizinhos e se transferiam para o novo "Eldorado" do ouro negro.

As primeiras empresas Carboníferas que se localizavam no município eram:

Carbonífera Próspera  -  Bairro Próspera
Carbonífera Criciúma  -  Bairro Santa Catarina
Carbonífera São Marcos  -  Bairro São Marcos
Carbonífera Metropolitana  -  Atual cidade de Forquilhinha
Carbonífera União  -  Bairro São Sebastião
Cia. Carbonífera Araranguá  -  Atual cidade de Forquilhinha
Sociedade Carbonífera Boa Vista  -  Bairro Boa Vista
Cia. Carbonífera Catarinense   -   Bairro Rio Maina.

 

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Foto: Divulgação Siecesc

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